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Eleições

Quatro empresas são investigadas por orientar voto de funcionários

Concessão ou a promessa de benefício em troca de voto, assim como a uso da violência, são crimes eleitorais

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Pelo menos quatro empresários são investigados por orientar votos de funcionários e fornecedores. Três deles no Rio Grande do Sul.

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A empresa Stara, que fornece máquinas e implementos agrícolas, localizada em Não-Me-Toque", no norte gaúcho, enviou um comunicado a fornecedores dizendo que "deverá reduzir a base orçamentária para o próximo ano em 30% caso o resultado do primeiro turno se mantenha no segundo". Ou seja, em caso de vitória do candidato Lula.

Segundo a direção, elaborar avisos como este é um ato comum da empresa. "O que nós queríamos fazer era somente clarear nossos fornecedores, o que a gente faz com frequência, que o cenário que está se desenhando é um cenário que não era tão próspero de crescimento como nós tínhamos desenhado pra eles em julho e agosto", diz Átila Stapelbroek Trennepohl, diretor-presidente da Stara.

O caso foi encaminhado para os Ministérios Públicos do Trabalho e Eleitoral. A Defensoria Pública da União apura outras duas denúncias semelhantes de coação eleitoral em empresas gaúchas.

"Ainda estamos averiguando, mas de toda forma, existindo ou não a empresa, a gente compreende que isso é muito danoso de toda forma, porque vai gerando um clima de medo na população", diz o defensor público feeral, Daniel Cogoy.

O Ministério Público e o Tribunal Regional do Trabalho alertaram que tentativas de coação podem configurar assédio eleitoral e abuso do poder econômico. A concessão ou a promessa de benefício em troca de voto, assim como a uso da violência, são crimes eleitorais.

Em São Miguel do Guamá, no interior do Pará, mais uma ocorrência. Um empresário ofereceu dinheiro pra quem votasse no candidato Bolsonaro (PL). "Se o presidente ganhar eleição cada um vai ter 200 conto no bolso", disse ele em vídeo.

O Ministério Público Eleitoral encaminhou o vídeo à Polícia Federal para apuração.

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