Celso de Mello, ex-ministro do STF, declara voto em Lula no 1º turno
Ex-ministro ainda fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, declarou voto no candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições para a Presidência deste ano.
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Em mensagem escrita por Celso de Mello na noite desta 3ª feira (27.set), após o Grupo Prerrogativas pedir um posicionamento dele sobre o pleito deste ano, também fez duras críticas ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
"A atuação de Bolsonaro na Presidência da República revelou a uma nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República e cujo comportamento vulgar, de todo incompatível com a seriedade do cargo que exerce, causou o efeito perverso de vergonhosamente degradar a dignidade do ofício presidencial ao plano menor de gestos patéticos e de claro (e censurável) desapreço ao regime em que se estrutura o Estado Democrático de Direito", afirmou o ex-ministro.
"Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro!!! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno", completou Celso de Mello.
O coordenador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, disse ser "uma honra e uma alegria enorme" receber a declaração. O ex-ministro, em suas palavras, "é uma referência para toda a advocacia, um homem público que abraçou com muita dignidade o exercício das funções no Supremo Tribunal Federal, que nunca se escondeu na conveniência do silêncio, que com espírito público sempre defendeu a democracia e as instituições. É uma inspiração para todos os operadores do direito".
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