Publicidade
Eleições

Primeira semana eleitoral dedica pouco espaço ao debate ambiental

Para ambientalista, tema é essencial para enfrentar desafios como fome e desemprego no país

Imagem da noticia Primeira semana eleitoral dedica pouco espaço ao debate ambiental
Candidatos participaram do primeiro debate presidencial no último domingo (28.ago) | Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

A última semana foi marcada pelo início oficial da corrida eleitoral, em que os brasileiros puderam acompanhar as campanhas e propostas governamentais. Apesar de alguns candidatos à presidência da República comentarem sobre o desmatamento e as mudanças climáticas, o debate ambiental ainda ocupa pouco espaço, o que, para ambientalistas, faz com que o tema seja tratado de forma superficial. 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Para Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, o próximo governo precisa de propostas mais ambiciosas para reverter o atual "desmonte ambiental". "O próximo governo precisa se comprometer verdadeiramente em implementar uma reversão concreta nos rumos das políticas ambientais atuais, o que passa por priorização orçamentária, coordenação interministerial e ampla participação da sociedade civil para a construção e implementação das políticas públicas", destaca.

Isso porque, desde 2019, o Brasil vem registrando recordes negativos de desmatamento e queimadas, que cresceram em mais de 75% e 218%, respectivamente, no período, quando comparado com 2018. Na última 2ª feira (22.ago), por exemplo, a Amazônia contabilizou o maior número de queimadas para o mês desde 2017, com 3.358 focos de incêndio em 24 horas. A cifra também é superior ao acumulado de junho, que registrou 2.562 focos.

+ 33% do desmatamento no Brasil ocorreu nos últimos 37 anos, diz pesquisa

+ Primeiro debate na TV dá o tom do início da campanha

Com isso, Mariana defende que o tema de devastação florestal e os impactos na economia do país, no desenvolvimento social da região Norte e até mesmo na política internacional do Brasil não podem ser tratados com superficialidade. "Para o Brasil cumprir o compromisso no esforço global para limitar o aquecimento global a 1.5?C, o próximo governo precisará reduzir, no mínimo, 60% do desmatamento até 2025", analisa.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade