Próxima a Lula, nova direção do Pros retira a candidatura de Pablo Marçal
Ao SBT News, político insiste que será candidato e diz esperar decisão do TSE: "Se preciso, eu vou na ONU"
Lis Cappi
Após idas e vindas, a nova direção do Pros decidiu retirar a candidatura de Pablo Marçal ao Palácio do Planalto nas próximas eleições. A presidência, que voltou para Eurípedes Júnior, é ligada ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, e optou por revogar o pedido de Marçal para concorrer à Presidência. A sinalização é de que o partido apoie o PT.
A decisão da sigla foi tomada em reunião na última 6ª feira (5.ago), último dia para que partidos decidissem nomes e parcerias para as próximas eleições. A mudança veio a exato um dia desde que o Pros definiu por manter a candidatura de Marçal -- ameaçada desde a última semana, o político chegou a anunciar que não seria mais candidato, quando houve mudança de comando do partido e Marcus Holanda confirmou a sua indicação. Com a saída de Holanda para volta de Eurípedes, o partido mudou o entendimento e voltou a cancelar a candidatura.
O nome de Marçal já estava formalizado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o partido entrará com ação para revogar o pedido. O mesmo será feito com a até então candidata do partido à vice-presidente, Fátima Aparecida Santos de Souza, conhecida como Pérola Neggra.
Apesar da decisão, Marçal defende que ainda está candidato e ressalta que o TSE ainda vai apresentar decisão a recurso contra decisão do Pros. A expectativa, segundo o político afirmou ao SBT News nesta 2ª feira (8.ago), é que o tribunal responda até 4ª feira.
"Infelizmente, a atual direção que pegou o Pros por liminar em menos de 24h vendeu o partido para o PT para usar o fundo eleitoral do Pros. Se preciso eu vou na ONU [contra a decisão]. Eu confio na justiça do Brasil", declarou.