"Quem com ferro fere, com ferro será ferido", diz Boulos sobre Doria
Líder do MTST acusou ex-governador de São Paulo de ter traído pessoas no passado
Guilherme Resck
Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) afirmou nesta 2ª feira (23.mai) que o processo interno no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que culminou na saída do ex-governador paulista João Doria da corrida presidencial configura práticas observadas por parte do tucano no passado também.
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"A eleição está polarizada entre o Lula e o Bolsonaro. E o Doria saiu reclamando de traição, de isolamento. Diz o velho ditado: quem com ferro fere, com ferro será ferido. Doria construiu a carreira dele em cima de traições e mais traições, dentro do seu próprio partido. É lamentável ver um partido como o PSDB, que já foi importante na democracia brasileira, na redemocratização contra a ditadura, virar essa briga de pressionante. Triste de se ver", falou Boulos em entrevista ao SBT News, quando saía do Intercontinental Hotel, onde houve reunião entre representantes dos partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da qual participou.
Ao anunciar sua saída da pré-campanha ao Palácio do Planalto, o ex-governador de São Paulo disse entender que não era a escolha da cúpula do PSDB. A trajetória do tucano começou em 2016, quando o empresário milionário deu seus primeiros passos na política. Naquele ano, venceu os dois turnos das prévias organizadas pelo diretório municipal do PSDB na capital paulista e, assim, conquistou o direito de ser o nome do partido para a disputa pelo comando da prefeitura da maior cidade do país, naquele momento administrada pelo petista Fernando Haddad (PT). Depois, venceu a eleição no primeiro turno. Em 2018, foi eleito governador de São Paulo, superando Márcio França (PSB) no segundo turno.
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