Caio Cunha (Podemos) vence e põe fim na hegemonia do PSDB em Mogi das Cruzes
Vereador foi eleito com 58,39% dos votos válidos e diz que tem projeto para a cidade.
Rodolfo Andrade
Caio Cunha ao lado da deputada federal Renata Abreu, candidata a vice e aliados - Foto: Divulgação
Em Mogi das Cruzes, região Metropolitana de São Paulo, o vereador Caio Cunha (PODEMOS) vence a eleição com 114.656 votos, o que representa 58,39% dos votos válidos. O atual prefeito Marcus Melo (PSDB) conseguiu 81.714 votos (41,61%).
A vitória de Cunha põe fim a hegemonia do mesmo grupo político que governa a cidade desde a década de 1990 alternando entre PL, DEM, MDB, PSD e PSDB.
No primeiro turno, Melo recebeu 42,29% dos votos válidos, contra 28,31% de Cunha.
Após a confirmação da vitória, Cunha diz que o município terá um novo tempo. "A chuva da renovação anuncia que chegou um novo tempo para nossa Mogi das Cruzes. Conquistamos a liberdade. A liberdade de uma hegemonia que permanecia no poder há 30 anos. A liberdade do coronelismo, da falta de proximidade com as pessoas", diz o eleito.
Por meio de uma rede social, Marcus Melo agradeceu o apoio. "Foi uma eleição difícil, mostramos durante a campanha tudo o que fizemos nos últimos quatro anos. Tenho convicção de que fiz o meu melhor, mas é necessário respeitar a vontade dos Mogianos", escreveu o prefeito.
QUEM É CAIO CUNHA?
Pai da Julia e do Miguel e esposo da Simone, Caio é um empreendedor social que iniciou o movimento Seja! para despertar uma nova consciência cidadã nas pessoas, por meio de palestras em escolas, universidades e movimentos de juventude, assim como conteúdos para a internet.
Formado em Gestão em Redes de Computadores pela UMC e pós-graduando em Gestão de Projetos (Esalq/USP), decidiu se candidatar a vereador para engajar pessoas na transformação da cidade.
Cunha foi eleito vereador em 2012 e reeleito em 2016. No ano de 2015, foi escolhido a fazer parte da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), que reúne lideranças políticas de todo o Brasil, e que sejam comprometidas com ideias de ética no poder público.