Barroso contradiz estudo do TSE e diz que circulação de fake news é mínima em 2020
Declaração do ministro vai contra ao que aponta levantamento sobre notícias falsas envolvendo o sistema eleitoral feito pelo tribunal que ele mesmo preside
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (13) que a circulação de fake news nas eleições municipais de 2020 foi mínima.
"Nós achamos que essa é uma eleição em que o nível de circulação de notícias fraudulentas foi mínimo. Felizmente", disse Barroso, durante um seminário sobre as eleições marcadas para 15 de novembro, na sede do tribunal, em Brasília.
A declaração do ministro, no entanto, vai contra ao que indica uma pesquisa feita pelo TSE, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, e divulgada pelo próprio tribunal nesta sexta-feira.
Intitulado "Desinformação on-line e eleições no Brasil - A circulação de links sobre desconfiança no sistema eleitoral brasileiro no Facebook e no Youtube (2014-2020)", o estudo contém um trecho que diz que, só em relação a fake news sobre o sistema eleitoral, o volume aumentou.
"O volume de publicações que confronta o sistema eleitoral saltou exponencialmente, como previsto, no ano de 2018, no contexto da corrida presidencial, mas essa tendência se mantém elevada ao longo de 2020, na esteira das eleições municipais, embora com menor média de interações por post, o que será explicado no próximo tópico. Esses dois anos, somados, englobam a metade dos posts no Facebook (48,2%) e no YouTube (45,3%). Do mesmo modo, juntos, 2018 e 2020 somam 50.931 postagens com links, o que representa a metade, ou 49,1%, do corpus de 103.542 publicações analisadas ao longo desses sete anos", diz o texto, nas páginas 10 e 11.
E que continua:
"O ano de 2020, assim, já desponta como o segundo com mais conteúdos sobre o tema no período, mesmo contando com apenas nove meses de coleta. Até a primeira quinzena de outubro de 2020, o volume de postagens com links sobre o assunto abrange 56,0% no Facebook e 72,4% no YouTube do que circulou em todo ano de 2018".
Barroso fez essa afirmação enquanto listava uma série e medidas tomadas pela Justiça Eleitoral para combater a disseminação de notícias falsas durante as eleições. Dentre elas, o TSE firmou uma parceria com o WhatsApp, na tentativa de impedir ondas de fake news.
"Nós achamos que essa é uma eleição em que o nível de circulação de notícias fraudulentas foi mínimo. Felizmente", disse Barroso, durante um seminário sobre as eleições marcadas para 15 de novembro, na sede do tribunal, em Brasília.
A declaração do ministro, no entanto, vai contra ao que indica uma pesquisa feita pelo TSE, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, e divulgada pelo próprio tribunal nesta sexta-feira.
Intitulado "Desinformação on-line e eleições no Brasil - A circulação de links sobre desconfiança no sistema eleitoral brasileiro no Facebook e no Youtube (2014-2020)", o estudo contém um trecho que diz que, só em relação a fake news sobre o sistema eleitoral, o volume aumentou.
"O volume de publicações que confronta o sistema eleitoral saltou exponencialmente, como previsto, no ano de 2018, no contexto da corrida presidencial, mas essa tendência se mantém elevada ao longo de 2020, na esteira das eleições municipais, embora com menor média de interações por post, o que será explicado no próximo tópico. Esses dois anos, somados, englobam a metade dos posts no Facebook (48,2%) e no YouTube (45,3%). Do mesmo modo, juntos, 2018 e 2020 somam 50.931 postagens com links, o que representa a metade, ou 49,1%, do corpus de 103.542 publicações analisadas ao longo desses sete anos", diz o texto, nas páginas 10 e 11.
E que continua:
"O ano de 2020, assim, já desponta como o segundo com mais conteúdos sobre o tema no período, mesmo contando com apenas nove meses de coleta. Até a primeira quinzena de outubro de 2020, o volume de postagens com links sobre o assunto abrange 56,0% no Facebook e 72,4% no YouTube do que circulou em todo ano de 2018".
Barroso fez essa afirmação enquanto listava uma série e medidas tomadas pela Justiça Eleitoral para combater a disseminação de notícias falsas durante as eleições. Dentre elas, o TSE firmou uma parceria com o WhatsApp, na tentativa de impedir ondas de fake news.
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