Vendas do Dia das Crianças devem crescer 1,1% e movimentar R$ 9,96 bilhões no Brasil
Apesar do aumento tímido, influenciado pela alta da inflação e da taxa de juros, volume deve ser o maior desde 2015

Camila Stucaluc
O Dia das Crianças irá aquecer o setor varejista em 2025. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que a data, celebrada em 12 de outubro, deve movimentar R$ 9,96 bilhões, cifra que, se confirmada, representará um aumento de 1,1% em relação ao ano passado.
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Apesar do crescimento tímido, influenciado pela inflação em alta e a maior taxa de juros (15% ao ano), a movimentação financeira deste ano deve ser a maior desde 2015, quando as vendas somaram R$ 9,45 bilhões. O volume também pode superar o patamar pré-pandemia: R$ 9,76 bilhões em 2019.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, aponta que o Dia das Crianças é o terceiro evento mais relevante do calendário do varejo nacional, atrás do Natal e do Dia das Mães. A arrecadação na data, segundo ele, é um termômetro para o último trimestre do ano, aquecido pelas festividades de dezembro.
Assim como no ano passado, o segmento de vestuário e calçados deverá ser o destaque na data, respondendo por 27% do volume projetado, o equivalente a R$ 2,7 bilhões. O setor de eletroeletrônicos e brinquedos deve ficar em segundo lugar, representando 26% do total (R$ 2,6 bilhões), seguido pelo de perfumaria e farmácias, com previsão de faturamento de R$ 2,1 bilhões.
Presentes mais caros
A inflação em patamares ainda elevados deve aumentar o preço dos itens típicos do Dia das Crianças. A expectativa, baseada em dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), é que o preço médio da cesta composta por 11 grupos de bens e serviços relacionados à data apresente variação de 8,5% em relação ao ano passado.
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O avanço médio de preços deverá ser puxado por alimentos, como Chocolates (+24,7%); Doces (+13,9%); e Lanches (+10,9%). Itens considerados carros-chefes de vendas nessa data, como brinquedos e artigos de vestuário, tendem a registrar variações menores do que a do nível geral de preços (+4,6%).
