Economia

Tarifaço: governo insistirá em negociação, mas 1º de agosto pode chegar sem resposta dos EUA, diz Haddad

Taxa de 50% anunciada por Trump sobre exportações brasileiras começa a valer no mês que vem

Imagem da noticia Tarifaço: governo insistirá em negociação, mas 1º de agosto pode chegar sem resposta dos EUA, diz Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Divulgação/Diogo Zacarias/MF
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insistirá na negociação comercial com os Estados Unidos, mas não descarta a possibilidade do prazo de 1º de agosto para imposição de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros chegar sem que o Brasil tenha recebido uma resposta dos EUA. Afirmação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (21).

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"O Brasil não vai sair da mesa de negociação", disse Haddad em entrevista à CBN. "Alckmin [vice-presidente e ministro da Indústria], Ministério da Fazenda e Itamaraty, nós estamos engajados permanentemente. Vamos insistir na negociação para que nós possamos encontrar um caminho de aproximação dos dos países. Não tem razão nenhuma para estarem distanciados", continuou.

Haddad também declarou que o governo não descarta lançar mão de instrumentos de apoio a setores afetados pelas medidas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.

O ministro rejeitou ainda a possibilidade de o Brasil responder punindo empresas ou cidadãos norte-americanos no país, afirmando que o Brasil não pagará na mesma moeda algo que considera injusto.

Lula chama taxa de "chantagem", mas diz confiar em "boas relações diplomáticas e comerciais"

Lula fez pronunciamento sobre tarifaço na última quinta (17), classificando medida de Trump como "chantagem inaceitável". Ao anunciar taxação, o mandatário norte-americano fez críticas a uma suposta perseguição política sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Apesar das críticas, Lula afirmou que o governo seguirá "apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais não apenas com os EUA, mas com todos os países do mundo".

Também declarou que usará "todos os instrumentos legais" para defender a economia brasileira, o que pode incluir recursos na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Lei de Reciprocidade Econômica.

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