Rede CIN da CNI abre portas globais para pequenos empresários com nova visão do “exportar”
Em evento do SBT News, CNI destaca ajuda a pequenas empresas para chegarem ao mercado internacional com apoio técnico

Sthefanny Loredo
Durante o evento “Do Local ao Global: a pequena indústria na globalização”, promovido nesta terça-feira (3) pelo SBT News, no Hotel Brasil 21, em Brasília, a gerente de Promoção Comercial da CNI, Tatiana Farah, explicou como a Rede CIN (Centros Internacionais de Negócios) está descomplicando o caminho da exportação para pequenos negócios no Brasil.
Segundo Tatiana Farah, com um plano estruturado e apoio contínuo, micro e pequenas empresas conseguem se tornar exportadoras recorrentes, mesmo sem experiência prévia no comércio exterior. Para Tatiana o termo “exportar” ainda assusta muitos empreendedores.
“Muita gente acha que é um bicho de sete cabeças, mas exportar é realizar. É possível sim, desde que o produto esteja qualificado para o mercado de destino”, afirmou.
A representante da CNI lembrou que hoje há apoio institucional com a Rede CIN e parceiros como Sebrae, Apex e o próprio Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além da atuação direta da CNI em todos os estados do país. A Rede CIN atua como uma ponte entre empresas brasileiras e o mercado global.
“Tudo começa com um diagnóstico de maturidade exportadora. A gente analisa o estágio da empresa, verifica o potencial do produto, melhora o processo produtivo e define um plano de ação. Só então começamos a desenhar o caminho para fora”, explicou a Farah.
A gerente também destacou que o processo não é solitário. “A empresa não chega sozinha. Tem apoio para tudo: plano de internacionalização, escolha de mercados, adequação de embalagem, certificações, tarifas, e até mesmo suporte em rodadas de negócios e feiras internacionais.”
Exemplo de sucesso
Durante a entrevista, Farah citou o caso da Sol Saboaria, uma marca de cosméticos artesanais liderada por mulheres, que começou sua trajetória na Rede CIN e hoje exporta para América e Ásia.
A virada de chave veio por meio do programa Mulheres Globais, iniciativa da CNI em parceria com a ApexBrasil que capacita e conecta empreendedoras brasileiras com o mercado internacional. “O brilho no olhar da Camila, fundadora da Sol, mostra que qualquer sonho precisa de coragem e apoio para acontecer”, disse.
Ainda de acordo com Farah, a internacionalização de pequenos negócios se torna ainda mais estratégica em um cenário global competitivo e desafiador. “Hoje o mundo olha para o produto brasileiro como sinônimo de sustentabilidade e valor. A CNI entende que isso é uma oportunidade única para o Brasil se posicionar como liderança em mercados externos”, afirmou. Ela completou dizendo que posicionar a imagem do país junto ao produto agrega valor e amplia as chances de inserção no comércio internacional.
Como participar
Empresários interessados em exportar com apoio da Rede CIN devem seguir os seguintes passos:
1. Acessar o Portal da Indústria
2. Localizar a federação da indústria do seu estado (a Rede CIN está presente em todas as federações estaduais; a empresa será conectada à equipe local).
3. Passar pelo diagnóstico de maturidade exportadora - um mapeamento é feito para entender o estágio da empresa e as melhorias necessárias.
4. Elaboração de um plano de ação personalizado - a empresa recebe orientações sobre processos, certificações, embalagens, definição de mercado-alvo e preparo para promoção comercial.
5. Participar de rodadas, feiras e missões - a Rede CIN promove conexões com compradores internacionais, com apoio técnico, tradução, pitch e logística.
6. Acompanhamento em todo o processo de exportação Desde a preparação até a negociação, emissão de certificados de origem, e envio do produto.
“Nosso papel é preparar o empresário para que ele não apenas exporte, mas exporte bem. De forma recorrente, com margem, e sabendo onde está pisando”, finalizou Tatiana Farah.