Queda do dólar e safra forte de alimentos ajudam a controlar inflação, diz Haddad
Banco Central divulgou que pressão inflacionária deve se perpetuar no Brasil
Vinícius Nunes
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (4) que a queda da cotação do dólar e uma safra forte de alimentos ajudam a controlar a inflação. A declaração foi feita após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Haddad, a queda do dólar para R$ 5,80 nesta terça "ajuda muito" no controle da inflação –que fechou em 4,83% em 2024. O ministro também falou em relatos de empresários da agropecuária de que haverá uma safra “forte” em 2025.
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“Primeira coisa: o dólar estava a R$ 6,10 e está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito. Com ação do Banco Central, com ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso vai favorecer. E eu estou muito confiante que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser muito forte”, disse Haddad.
Mais cedo, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou a ata de sua 268ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nela, os integrantes do colegiado destacam a pressão inflacionária no mercado de alimentos, impulsionada por eventos climáticos e alta nos preços de carnes. Esse cenário, segundo o Banco Central, tende a se perpetuar no Brasil.
"Os preços de alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Esse aumento tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira", disse o BC.