Economia

Banco Central alerta para alta no preço de alimentos e avalia preocupações com políticas dos EUA

Autoridade monetária aumentou taxa básica de juros pela quarta vez seguida - agora em 13,25% ao ano - e mantém previsão da Selic a 14,25% em março

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Banco Central | Divulgação/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O Banco Central do Brasil (BC) divulgou nesta terça-feira (4) a ata de sua 268ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento detalha os motivos que levaram os integrantes do colegiado a aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 12,25% para 13,25% ao ano. A instituição também mantém a previsão de aumento da Selic para 14,25% em março.

A ata destaca a persistente pressão inflacionária no mercado de alimentos, impulsionada por eventos climáticos e alta nos preços de carnes. Esse cenário, segundo o Banco Central, tende a se perpetuar no Brasil.

"Os preços de alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Esse aumento tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira", diz o BC.

No cenário externo, as incertezas econômicas e políticas dos Estados Unidos permanecem no radar do Banco Central. Há preocupações com possíveis mudanças fiscais, restrições no mercado de trabalho e revisões na política energética, que podem impactar os fluxos de capital e desestabilizar a política monetária brasileira.

"O Comitê avaliou que os determinantes de prazo mais curto, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, e os determinantes de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação, seguem exigindo uma política monetária mais contracionista", diz o BC.

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