Pesquisa revela que vale-refeição dura só 11 dias em média no Brasil
É o segundo ano consecutivo que o benefício não dura nem metade do mês; inflação é um dos motivos
Uma pesquisa da Pluxee (antiga Sodexo Benefícios e Incentivos) revelou que o trabalhador brasileiro tem pago por conta própria metade das refeições que faz no mês, durante o trabalho. Isso porque, com a inflação alta, o vale-refeição tem durado apenas 11 dias em média, mesmo tempo registrado em 2023 e dois dias a menos do que durava em 2022, segundo a empresa.
“Pelo segundo ano consecutivo, vimos a inflação impactar na duração do vale-refeição, que manteve o patamar dos 11 dias. Essa constância é positiva, apesar do período ainda ser baixo”, avalia Antônio Alberto Aguiar, diretor-executivo de Estabelecimentos da Pluxee.
Frequentar os mesmos estabelecimentos e procurar restaurantes com preços mais acessíveis, mesmo longe do local de trabalho, podem ter sido estratégias usadas para esticar a duração do vale-refeição. "A pesquisa indica que 38% dos usuários percorrem até 3 km para utilizar o benefício e 48% deles consomem em até três restaurantes diferentes. Isso demonstra que a maioria dos usuários de vale-refeição possui um horário de almoço pré-definido, fator decisivo para consumirem em estabelecimentos que conhecem ou preferem, como forma de economizar tempo e dinheiro", detalha o executivo.
O estudo ainda revelou que o gasto médio dos brasileiros que usam o benefício foi de R$ 51,19 por transação no primeiro trimestre de 2024. O almoço foi o horário em que houve maior uso do vale-refeição no período e corresponde a 40% do total. Na sequência, aparece o horário do jantar, com 31%. O meio da tarde registrou 16% e o início da manhã, 13%, representando respectivamente os horários de lanche e do café da manhã.
Uso do vale-alimentação cresceu
As transações realizadas com vale-alimentação registraram aumento de 9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com levantamento, que revelou ainda que sábado é o dia com maior uso do benefício, chegando a registrar 22% do total de transações.
O gasto médio por compra, tendo o benefício como forma de pagamento, foi de R$ 94,70 nos três primeiros meses deste ano.