Publicidade
Economia

IPCA tem deflação de 0,11% em agosto, a primeira em um ano

No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%

Imagem da noticia IPCA tem deflação de 0,11% em agosto, a primeira em um ano
Quedas em alimentação, habitação e transportes puxaram deflação em agosto | Tânia Rego/Agência Brasil
• Atualizado em
Publicidade

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, registrou deflação de 0,11% no mês de agosto, primeiro valor negativo em um ano. A taxa ficou 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo da de julho (0,26%). O dado foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

+ Dinheiro esquecido: brasileiros ainda têm R$ 10 bilhões para resgatar em sistema do BC

Este foi o primeiro resultado negativo da inflação desde agosto de 2024 (-0,02%) e o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). O índice veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado, que previa deflação de 0,15% para agosto, segundo o Relatório Focus divulgado na segunda-feira (8).

No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, a variação havia sido de - 0,02%.

Quedas em alimentação, habitação e transportes puxam deflação

Cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram variação negativa em agosto. Segundo o instituto, os grupos de produtos e serviços que tiveram maior peso no índice foram Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%).

Cinco dos nove grupos pesquisados registraram variação negativa em agosto | Reprodução/IBGE
Cinco dos nove grupos pesquisados registraram variação negativa em agosto | Reprodução/IBGE

A Habitação também teve o impacto negativo mais intenso (-0,14 p.p), resultado da queda na energia elétrica residencial (-4,21%) em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.

O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no IPCA, apresentou queda na média de preços pelo terceiro mês consecutivo (-0,18% em junho e -0,27 em julho). A queda de agosto foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,83%, com destaque para as quedas do tomate (-13,39%), da batata-inglesa (-8,59%), da cebola (-8,69%), do arroz (-2,61%) e do café moído (-2,17%).

Em Transportes, a variação reflete a queda nas passagens aéreas (-2,44%) e nos combustíveis (-0,89%). Em agosto houve redução nos preços do gás veicular (-1,27%), da gasolina (-0,94%) e do etanol (-0,82%).

"Somados, esses três grupos foram responsáveis por -0,30 p.p. de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria em 0,43%", informou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

*Em atualização

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade