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Economia

IPCA-15: alta de 0,11% em janeiro reflete pressão dos alimentos, como tomate e café

Preços das passagens aéreas e da gasolina também contribuíram para elevação do índice

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Indicador foi divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,11% em janeiro, contrariando a expectativa de deflação do mercado e mantendo a pressão inflacionária no país. O aumento nos preços dos alimentos foi novamente o principal responsável pela elevação do IPCA-15, com o grupo de alimentação e bebidas subindo 1,06%. O índice é considerado a prévia da inflação.

O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice teve um aumento de 0,34%. Em janeiro do ano passado, o IPCA-15 registrou 0,31%.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,5%, acima da meta do Banco Central, que é de 3%.

Dentro do grupo de alimentação e bebidas, a alimentação em domicílio teve a maior alta, de 1,1%, impulsionada principalmente pelo preço do tomate, que subiu 17,12%, e do café moído, com aumento de 7,07%.

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Embora a alimentação fora do domicílio também tenha registrado alta, a variação foi mais moderada, de 0,93%, uma desaceleração em relação aos 1,23% de dezembro. Mesmo assim, o custo de refeições e lanches ainda afeta consideravelmente o bolso do consumidor.

O grupo de transportes também contribuiu para o aumento do índice, com destaque para as passagens aéreas, que subiram 10,25%, e o aumento nos combustíveis, como o etanol e o diesel.

Grupos avaliados no IPCA-15:

- Alimentação e bebidas: +1,06%

- Transportes: +1,01%

- Habitação: -3,43%

- Artigos de residência: +0,72%

- Vestuário: +0,46%

- Saúde e cuidados pessoais: +0,64%

- Despesas pessoais: +0,40%

- Educação: +0,25%

- Comunicação: +0,15%

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Preços dos alimentos

Nesta sexta-feira (24), o presidente Lula convocou uma reunião entre ministros para discutir medidas que possam reduzir o avanço dos preços dos alimentos, especialmente com foco em alimentos básicos.

Entre as ações estudadas pela equipe econômica estão mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e a diversificação das culturas agrícolas por meio do Plano Safra, para diminuir a dependência de uma única região. Além de revisão em taxas de benefícios como vale-alimentação e vale-refeição. A expectativa é que as medidas sejam anunciadas até o fim do dia.

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