Inflação dá sinal de alívio em março, com impacto positivo em todas as faixas de renda
A redução foi vista, mas alimentos e transportes ainda pesam no orçamento das famílias brasileiras, segundo Ipea

SBT News
A inflação desacelerou em março para todas as faixas de renda, segundo indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de Inflação por Faixa de Renda, divulgado na quarta-feira (16).
A taxa saiu de 1,59% para 0,56% entre as famílias com renda inferior a R$ 2.202,02. O recuo também beneficiou as residências com renda superior a R$ 22.020,22, que caiu de 0,9% para 0,6%.
O Ipea explica que a queda da inflação para os mais pobres foi influenciada, principalmente, por contas de luz com aumentos bem menores e pela redução no preço das passagens do transporte público. Já entre os mais ricos, o principal alívio veio do fim dos reajustes nas mensalidades escolares.
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Apesar da desaceleração, os alimentos cotidianos continuaram pressionando o orçamento das famílias, principalmente as de menor renda. Itens como tomate (22,6%), ovos (13,1%), café (8,1%) e leite (3,3%) registraram altas expressivas. Por outro lado, produtos básicos como arroz, feijão, carne e óleo de soja tiveram queda nos preços, o que ajudou a conter parte da inflação. Já para os mais ricos, o aumento das passagens aéreas (6,9%) e de serviços de lazer (1,2%) manteve a pressão em alguns segmentos.
Já no acumulado de 12 meses, os dados mostram que a inflação foi menor entre os mais pobres (5,24%) e maior entre os mais ricos (5,61%). A alta foi puxada, principalmente, pelos grupos de alimentação, transportes e saúde. Carnes, óleo de soja, café e leite lideraram os reajustes, enquanto medicamentos, serviços médicos e planos de saúde também contribuíram para o aumento geral de preços.
