Governo Lula é desaprovado por 90% do mercado financeiro, diz Quaest
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve queda na avaliação do trabalho e é aprovado por 41% dos entrevistados
SBT News
O governo Lula foi avaliado por 90% dos agentes do mercado financeiro como sendo ruim ou péssimo, segundo pesquisa do instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4). O índice teve aumento de 26 pontos percentuais, em comparação à última pesquisa, em março de 2023.
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Os dados mostram ainda que a aprovação do governo teve uma queda acentuada, com apenas 3% dos entrevistados considerando o desempenho do governo como positivo, um número que era de 6% em março deste ano. Já 7% dos agentes do mercado financeiro avaliaram o governo como regular, ante 30% no levantamento anterior.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 105 profissionais do mercado financeiro, entre gestores, analistas e tomadores de decisão, com foco em fundos de investimento localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro. O estudo foi realizado entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro de 2024. Não foi informada a margem de erro, que na pesquisa anterior era de 3,4 pontos percentuais.
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Avaliação de Haddad
Em relação ao desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a pesquisa apontou que 41% dos entrevistados consideram seu trabalho como positivo, o que representa uma queda de 9 pontos percentuais desde o último levantamento. O número de avaliações negativas sobre Haddad aumentou, subindo de 12% para 24%, enquanto as avaliações regulares passaram de 38% para 35%.
Quando questionados sobre o pacote fiscal anunciado pelo governo Lula, os resultados também foram desfavoráveis. Segundo a pesquisa, 58% dos profissionais do mercado consideram o pacote fiscal "nada satisfatório", enquanto 42% o avaliam como "pouco satisfatório". Em relação às medidas fiscais, 85% dos entrevistados acreditam que a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais prejudicará a economia brasileira.
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O estudo também abordou o desempenho do Congresso Nacional. O índice de desaprovação sobre o trabalho dos parlamentares cresceu significativamente, com 41% dos entrevistados considerando o Congresso negativo, um aumento expressivo em comparação ao levantamento de novembro de 2023, quando esse índice era de 17%. As avaliações regulares também caíram, de 45% para 38%, enquanto 21% dos entrevistados avaliaram o Congresso como positivo, uma queda de 20 pontos percentuais em relação ao ano passado.