Economia

Endividamento das famílias recua pelo segundo mês consecutivo

Cartão de crédito continua como principal fonte de dívidas; percentual de inadimplentes também caiu

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Pessoa calculando valores de boletos e recibos | Pixabay

O número de brasileiros com dívidas a vencer caiu pelo segundo mês consecutivo. É o que mostra uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que contabilizou 76,1% de endividados em janeiro. A taxa, segundo o levantamento, é 2.0 ponto percentual (p.p) inferior ao registrado no mesmo período em 2024.

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Apesar da redução, o número de famílias que se consideram “muito endividadas” aumentou para 15,9%. Entre as principais modalidades de dívidas, o cartão de crédito segue liderando o ranking, sendo utilizado por 83,9% do total de devedores. Em seguida, estão o carnês (16,86%), o crédito pessoal (10.9%) e o financiamento de casa (8,8%).

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, explica que o resultado vem da cultura de “botar as contas em dia”. Ao todo, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas em janeiro – o maior percentual desde maio de 2024.

O cenário auxiliou na redução da inadimplência. Segundo os dados, houve a segunda queda consecutiva do percentual de famílias com dívidas em atraso, chegando a 29,1%. O mesmo foi visto no percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso, que recuou pela primeira vez desde julho do ano passado, indo para 12,7%.

Apesar da melhora dos índices, a CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias endividadas e 29,8% inadimplentes.

“Apesar da queda do endividamento, as dívidas estão consumindo uma parcela maior da renda das famílias brasileiras”, avalia Tavares. “A necessidade de recorrer ao crédito para consumo, somada à manutenção de juros elevados, deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores brasileiros”, conclui.

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