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Economia

Empreendedores misturam boca a boca e redes sociais para impulsionar negócios

Pesquisa da FGV mostra que quase 60% dos empreendedores ainda confiam na divulgação tradicional, mas as redes sociais ganham espaço como vitrine digital

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O tradicional anúncio boca a boca sempre foi um aliado de quem mantém um negócio próprio. Mas, nos últimos anos, as redes sociais avançaram como meio de comunicação importante para os empreendedores. É comum ver, por exemplo, a dona de uma loja fazendo o papel de garota-propaganda — e o “like” se transformando em lucro.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que ouviu 5.442 empreendedores em todo o país, mostrou que a maioria ainda aposta no boca a boca (58,7%) como principal forma de divulgar seus produtos. Logo atrás, vêm as redes sociais, usadas por 52,5% dos entrevistados. Na prática, muitos empreendedores acabam combinando os dois métodos e se tornando verdadeiros influenciadores.

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O estudo também revelou os principais motivos que levam os brasileiros a empreender. Para 22% dos entrevistados, a independência é o fator mais importante. Outros 18,3% buscam uma renda extra, enquanto 17,5% começaram por necessidade. Entre tantas razões, todos compartilham o mesmo objetivo: fazer acontecer.

O celular, nesse cenário, virou balcão, vitrine e caixa registradora. Segundo o pesquisador da FGV, Rodolpho Tobler, a tecnologia tem impulsionado o crescimento do empreendedorismo, especialmente nos setores de varejo e serviços.

“Nos últimos anos, vimos o avanço dos aplicativos. As pessoas pedem mais comida em casa, e muitas passaram a abrir negócios de alimentação ou de varejo sem precisar de loja física. Assim, conseguem vender para mais gente sem depender do movimento diário de pessoas”, explica o economista.

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Apesar do otimismo, o caminho nem sempre é fácil. A mesma pesquisa apontou que 45,5% dos empreendedores reclamam da alta carga tributária, 33,6% citam a dificuldade de acesso ao crédito e 33% apontam a burocracia como uma barreira para o crescimento.

“Essa burocracia para tocar o negócio acaba sendo uma limitação até para a sobrevivência. Muitas pessoas não conseguem empreender de primeira”, diz Tobler.

Para incentivar quem está começando, o Sebrae — que oferece apoio a micro e pequenas empresas — disponibiliza cursos gratuitos de capacitação e orientações financeiras.

“Além dos cursos, oficinas e capacitações, tanto online quanto presenciais, ajudamos o empreendedor a planejar o negócio, estruturando as áreas financeira, de marketing e administrativa, para que tenha mais sucesso”, explica Isabela Ribeiro, gestora de negócios do Sebrae.

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