Custo de vida na Região Metropolitana de SP cai 0,21% em agosto
Resultado foi influenciado pela deflação nos segmentos de alimentação e habitação

Camila Stucaluc
O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo diminuiu em agosto. É o que aponta uma nova pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), que contabilizou queda de 0,21% nas atividades na região, atingido mais os lares com maior poder aquisitivo.
Segundo o estudo, o resultado foi influenciado, sobretudo, pela deflação no grupo de alimentação e bebidas (0,19%), cujos itens pesam mais no orçamento dos consumidores. O mesmo ocorreu com o setor de habitação, que registrou recuou 0,09% no mês – resultado do bônus na conta de energia elétrica.
Entre os demais grupos, a educação exerceu a maior pressão de alta em agosto, com variação de 1,12%. Os reajustes foram puxados principalmente por cursos de idioma (2,8%) e ensino superior (2,6%). Em seguida, o vestuário apresentou elevação de 0,83%, com maiores reajustes observados na camisa infantil (3,8%) e no sapato feminino (2,6%).
Na análise por faixa de renda, as famílias dos estratos mais altos foram as mais impactadas em agosto: a classe A apontou alta de 0,26% no custo de vida, enquanto a classe B, uma expansão de 0,29%. Já a classe E registrou alta de 0,05% e a classe D, de 0,02%.
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Quando visto o acumulado dos últimos 12 meses, o custo de vida foi mais elevado para as classes de menor poder aquisitivo, com altas de 6,56%, na classe E, e 6,47%, na classe D. Entre as classes mais altas, as variações ficaram em 5,41%, para a classe B, e 5,46%, para a classe A. Essa diferença ocorre porque, nas famílias de menor renda, os gastos se concentram nos grupos de despesas que têm maior peso no orçamento.