Custo da cesta básica aumentou em 16 capitais em outubro, diz Dieese
Resultado foi influenciado pela elevação nos preços da batata, do óleo de soja, do leite integral e da carne bovina; veja valor por capital


Camila Stucaluc
O valor da cesta básica aumentou em 16 das 27 capitais brasileiras no mês de outubro. É o que aponta uma nova pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que contabilizou as principais elevações em São Luís (3,11%), Palmas (2,59%), Florianópolis (1,66%).
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No mês, São Paulo foi a capital onde a cesta básica registrou o maior valor (R$ 874,14), seguida por Florianópolis (R$ 824,57), Porto Alegre (R$ 823,57) e Rio de Janeiro (R$ 801,37). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 550,18), Maceió (R$ 592,25), Salvador (R$ 606,39) e Recife (R$ 608,03).

Segundo o levantamento, Segundo o levantamento, o aumento no valor da cesta básica foi provocado pelas elevações em quase todos os produtos, como o kg da batata, o óleo de soja, o leite integral e a carne bovina de primeira. Por outro lado, houve queda no preço do café em pó, no arroz agulhinha e no feijão em grande parte das cidades.
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 49,29% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos em outubro. O número representa uma pequena queda em relação ao mesmo período de 2024, quando o percentual ficou em 51,72%.
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Com base na cesta mais cara, a de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ter sido de R$ 7.116,83 ou 4,69 vezes o mínimo de R$ 1.518. No mesmo período de 2024, quando o piso mínimo era de R$ 1.412, o valor necessário ficou em R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o valor vigente na época.









