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Economia

Brasil tem nota elevada pela Moody's e pode conseguir grau de investimento até 2026, diz Haddad

Agência elevou de Ba2 para Ba1, a nota de crédito, deixando o país mais próximo do grau de investimento

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Após a elevação da nota da dívida pública do país pela agência de classificação de risco Moody’s, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil pode conseguir o grau de investimento — o selo de bom pagador da dívida pública — até 2026.

Nesta terça-feira (1º), a agência melhorou a nota brasileira de Ba2 para Ba1, fazendo com que o país fique apenas um nível abaixo do grau de investimento.

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“Se continuarmos perseverando nesse caminho, de ajuste fiscal e monetário, nós temos uma grande chance de conseguir uma estabilidade da relação dívida/PIB, dos gastos públicos depois de muitos anos de desequilíbrio fiscal”, comentou o ministro.

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Na semana passada, Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram com representantes das principais agências de classificação de risco durante viagem oficial a Nova York. Os dois se encontraram tanto com a Moody’s como da Fitch Ratings e da S&P Global.

No entanto, essas duas últimas, que fazem parte das principais agências, mantém o país dois níveis abaixo do grau de investimento.

Por meio de nota, a Moody’s citou, como fatores para a elevação, a melhora significativa no crédito do país, o crescimento “robusto” do Produto Interno Bruto (PIB) e as reformas econômicas e fiscais, como a reforma tributária recentes. O plano de transição energética também contribuiu para a elevação por atrair investimentos.

"Fazendo o nosso trabalho, acredito realmente que nós temos a chance de completarmos mandato do presidente Lula reobtendo o grau de investimento. Ele não está dado, mas é uma possibilidade concreta”, declarou o ministro.

Importância para o país

A classificação de risco serve para ajudar no nível de confiança nos investidores internacionais na hora de colocar dinheiro na economia de um país. Por isso, as agências estrangeiras calculam esse risco por meio de notas, que servem como referência para juros mais baixos nos papéis da dívida externa, por exemplo.

Ou seja, com o grau de investimento a probabilidade do país dar calote na dívida pública é muito menor. Quando um país dá calote, os títulos passam a ser considerados como de lixo.

Já quando o país não possui o selo de investimento — como no caso de Brasil —, o grau se torna especulativo e a segurança para um investimento diminui.

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Uma avaliação positiva de uma das três agências mais conceituadas no mercado faz um país e suas empresas levantarem recursos no mercado internacional com custos menores e melhores condições de pagamento. E a classificação atrai investimentos estrangeiros ao país.

A primeira vez que o Brasil teve o grau de investimento foi em 2008, concedido pelas agências S&P e Fitch, e no ano seguinte pela própria Moody's. No entanto, em fevereiro de 2016, já havia perdido os graus dados pelas três agências.

As agências de classificação de risco também são criticadas, principalmente porque antes da crise de 2008, nos Estados Unidos, elas deram notas altas para as operações de venda de créditos imobiliários no país norte-americano, que desencadeou uma crise econômica global.

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