Haddad diz que aumento de taxa de juros não é surpresa
Ministro afirmou que só fará comentários sobre decisão do Banco Central após analisar ata, na próxima semana
Lis Cappi
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar o novo aumento da taxa básica de juros, a Selic. O índice chega aos 10,75%, conforme decisão desta quarta-feira (18) do Comitê de Política Nacional (Copom), do Banco Central. Antes, a taxa estava em 10,5%.
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Apesar de não detalhar a avaliação, o ministro afirmou que a decisão não é uma surpresa: “Eu não me surpreendi, mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito”.
Haddad também atribuiu a readequação ao corte do Banco Central dos Estados Unidos, mas disse haver um cenário otimista para redução do dólar e da própria taxa de juros.
“Eu penso que agora deve entrar numa trajetória de cortes. Eu penso que isso vai ser duradouro, não acredito que 2025 ou em 2026 nós tenhamos surpresas. O que é ótimo para o Brasil e para o mundo, porque isso dá um alívio doméstico grande”, declarou.
Aumento na taxa de juros
O anúncio desta quarta é o primeiro aumento no indicador desde agosto de 2022. A ação do Copom vai de encontro com a expectativa do mercado financeiro, que já estimava uma alta de 0,25 p.p.
Segundo o Relatório Focus, divulgado na segunda-feira (16), a estimativa é de que a taxa Selic feche o ano em 11,25%.