Brasil amplia exportações de carne para Filipinas; Equador, México e BRICS estão no plano ante tarifaço americano
País busca novos mercados para produtos prejudicados por política de Trump; Lula tem reforçado a necessidade de ampliar parcerias internacionais
SBT Brasil
A partir de agora, o Brasil está autorizado a exportar carne de boi com osso e miúdos bovinos para as Filipinas. Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcançou 400 aberturas de mercado desde 2023, sendo 100 delas registradas apenas em 2025.
Em meio ao impasse comercial com os Estados Unidos sobre as tarifas de 50% sobre produtos exportados para o país, o presidente Lula tem reforçado a necessidade de ampliar parcerias internacionais. Na próxima segunda-feira (18), Lula recebe, no Palácio do Planalto, o presidente do Equador Daniel Noboa, em visita de Estado. A agenda prevê discussões para fortalecer a integração regional e o comércio entre os dois países.
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Ainda este mês, o vice-presidente Geraldo Alckmin fará uma viagem oficial ao México como parte da estratégia brasileira de diversificação comercial. Países que integram o BRICS também participarão de uma reunião virtual para tratar de comércio. Além disso, Lula prepara viagem à Índia, em janeiro, acompanhado de uma comitiva de empresários. Segundo o Planalto, a meta é negociar com todos os interessados.
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, destacou que o governo atua em duas frentes: conclusão de acordos internacionais para reduzir barreiras e tarifas e promoção comercial dos produtos brasileiros.
Neste sentido, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizará mais de 40 rodadas de negócios no país, trazendo compradores estrangeiros para conhecer a produção brasileira. A estimativa é de que mais de 70 países sejam potenciais destinos para as exportações nacionais.
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O presidente da Apex, Jorge Viana, ressaltou que a agência atua com 52 setores da economia e que 54% das empresas atendidas são micro e pequenas. Ele afirmou que o objetivo é manter parte das exportações para os EUA e, ao mesmo tempo, conquistar novos mercados para absorver os produtos brasileiros.