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Banco Central precisa ser menos conservador na redução da taxa básica de juros, diz presidente da CNI

Resultado da reunião do Comitê de Política Monetária para definir a Selic deve ser divulgado nesta quarta-feira (31)

Banco Central precisa ser menos conservador na redução da taxa básica de juros, diz presidente da CNI
Ricardo Alban fala ao microfone (Iano Andrade/Agência de Notícias da Indústria)
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Na data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) começa a primeira reunião do ano para definir a taxa básica de juros, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu publicamente que o ritmo de redução da Selic seja acelerado, no mínimo, a 0,75 ponto percentual. Alban disse, nesta terça-feira (30), que o Banco Central tem todas as condições para fazer isso.

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"Precisamos de menos conservadorismo do Banco Central, vis a vis, o que já começamos a ver nas demais economias", pontuou.

Ele ressalta ainda que inflação corrente no país e as expectativas de inflação estão caindo de forma sistemática. Como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o último ano em 4,6%, na meta perseguida pelo BC, e teve queda em relação aos 5,8% de 2022, reduzir mais rapidamente a Selic não vai comprometer o cumprimento das metas de inflação, argumenta Alban.

Em suas palavras, "adiar a aceleração no ritmo de queda da Selic seria uma decisão equivocada que penalizaria ainda mais a atividade econômica no Brasil". "A atividade econômica está sofrendo demais com esse nível absurdo da taxa de juros real no Brasil. O nível de cumulatividade dos juros reais sobre as cadeias produtivas já nos permite dizer que é atualmente um dos mais representativos Custo Brasil".

Para o presidente da CNI, a taxa de juros real (7,65% ao ano) continua bastante restritiva e o BC força uma queda desnecessária da economia.

Nos Estados Unidos, fala Alban, a desaceleração da inflação tem sido feita de maneira compatível com um expressivo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). No país, no ano passado, o PIB cresceu 2,5% (ante alta de 1,9% em 2022), e o índice de preços ficou em 2,6% (ante 5,4% do outro ano).

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Em relação ao Brasil, ele pontua que o PIB ficou estagnado no terceiro trimestre do ano passado e as expectativas são de que tenha diminuído no quarto.

Para a CNI, na indústria, a situação "é crítica". O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção da indústria de transformação acumulou queda de 0,9% no período de janeiro a novembro de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. O setor ainda opera 2,3% abaixo do nível de produção pré-pandemia de covid-19.

O resultado da reunião do Copom iniciada hoje deve ser divulgado nesta quarta-feira (31). A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa básica de juros seja reduzida dos atuais 11,75% para 11,25%. Houve quatro reduções de 0,5 ponto percentual na Selic desde agosto.

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