Taxa básica de juros deve cair; saiba como isso impacta a sua vida
Copom faz primeira reunião do ano com expectativa de corte de 0,5% na Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta terça-feira (30) a primeira reunião do ano, já de olho na Taxa Básica de Juros, conhecida como Selic. A Expectativa do mercado financeiro, explicitada no Boletim Focus, é de que ela seja reduzida dos atuais 11,75% para 11,25%. O resultado deve ser divulgado na quarta-feira (31).
O próprio comitê deu sinais de que deve alterar a Selic para baixo. A ata da última reunião, divulgada em dezembro, trouxe um trecho em que os integrantes “concordaram unanimemente” em seguir com o atual ritmo de cortes “pelas próximas reuniões”. Alia-se a isso, as projeções da inflação de encerrar o ano em queda, aos 3,86%.
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Em se confirmando este cenário, seria o quinto corte seguido na Taxa Básica de Juros desde agosto.
Aperto
O novo ciclo dos juros pôs fim a um aperto monetário que começou em março de 2021 e terminou em agosto de 2022. Neste período, a taxa subiu 12 vezes seguidas para tentar conter a alta no preço dos alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto do ano passado, ela se manteve em 13,75%.
Pandemia
Por conta da pandemia da Covid-19, e a forte desaceleração econômica, a Selic foi reduzida a 2% ao ano, nível mais baixo da série histórica desde 1986. O Banco Central visava estimular a produção e o consumo.
Por que isso importa
Como o próprio nome diz, a Taxa Básica de Juros funciona como uma compensação de risco ao crédito que serve como base para as instituições financeiras como os bancos. Isso quer dizer que quanto mais alta ela for, maiores serão os juros na hora de se fazer um investimento ou empréstimo.
Ela também influencia a rentabilidade do dinheiro investido. Quanto mais baixa ela for, menor vai ser o rendimento na poupança ou títulos públicos, por exemplo.
Quando o Banco Central determina um corte na Selic, ele estimula que as pessoas “gastem” mais e assim movimentem a economia. Também estimula os empréstimos como a compra financiada de uma casa ou um carro, por exemplo.
*Com informações da Agência Brasil