Custo da cesta básica cresce em 9 capitais pesquisadas pelo Dieese em novembro
Alta foi influenciada pelo quilo do arroz e da batata; São Paulo e Florianópolis lideram ranking de preços
O custo da cesta básica registrou aumento em nove das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em novembro. Segundo os dados, as altas mais expressivas ocorreram em Brasília (3,06%) e Goiânia (1,97%), enquanto Natal e Salvador tiveram baixas de 2% no valor.
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São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 749,28), seguido de Florianópolis (R$ 747,59) e Porto Alegre (R$ 739,18). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios da cesta foram registrados em Aracaju (R$ 516,76) e João Pessoa (R$ 548,33).
O produto que apresentou maior aumento em novembro foi o quilo do arroz agulhinha, que ficou mais caro em 16 capitais. As principais altas ocorreram em Aracaju (9,09%), Goiânia (6,52%) e São Paulo (5,57%). O mesmo ocorreu com o quilo da batata, que aumentou em quase todas as capitais do Centro-Sul, exceto em Campo Grande (-5,68%).
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 52,82% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena alta em relação ao mês de outubro, quando foi contabilizado 52,72%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário (hoje em R$ 1.320) para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso atual. No mês anterior, o valor necessário era de R$ 6.210,11, o equivalente a 4,70 vezes o piso mínimo.