Número de moradores endividados atinge recorde histórico em São Paulo
Mais de 450 mil famílias alegaram não ter condições de pagar contas atrasadas
O nível de endividamento paulistano cresceu no mês de outubro, atingindo um novo recorde. Segundo balanço da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 452,5 mil famílias alegam não ter condições de pagar dívidas em atraso, o que representa 11,2% do total de lares da capital paulista.
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A situação é pior entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos, grupo no qual 14,8% afirmam não ter condições para quitar as contas atrasadas. Já no grupo com renda superior, esse índice é de 3,9%. Ao todo, 977,4 mil lares têm algum tipo de dívida em atraso, o que, para a FecomercioSP, mostra as consequência da econômica instável dos últimos anos.
"Os resultados mostram que as famílias ainda sofrem com os reflexos da economia instável dos últimos anos, o que explica a postergação no pagamento das contas para priorizar gastos essenciais - ou, até mesmo, a incapacidade da quitação dessas dívidas. Ainda não é possível afirmar que haja uma tendência de queda", avaliou a federação.
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Dentre os principais tipos de dívidas, a fatura do cartão de crédito (82,8%) lidera o ranking, que, apesar de ser um porcentual elevado, ainda está abaixo do registrado no ano passado (85,5%). Por outro lado, o carnê (15,2%) e o crédito pessoal (13,4%) registraram altas: enquanto o primeiro alcançou o maior nível desde fevereiro, o segundo atingiu o mais alto patamar desde junho de 2017.