Custos industriais caem no segundo trimestre do ano: 4,6%
De acordo com a CNI, mesmo com a baixa os índices estão 31,3% acima do nível de antes da pandemia
Guto Abranches
Os custos da atividade da indústria tiveram queda e 4,6% no segundo trimestre de 2023. O cálculo faz parte de levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta 4ª(18.out). A comparação é com o primeiro período de três meses também deste ano.
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O Indicador de Custos Industriais (ICI) é composto por três sub-itens, que igualmente tiveram redução. O custo de produção teve queda de 5,1%, o custo de capital recuou 6,3% e custo tributário ficou 0,6% abaixo do trimestre anterior.
"A queda de custos sinaliza uma menor pressão nos preços de insumos e energia. É positivo que a maioria dos indicadores tenham melhorado na comparação com o trimestre passado, mas os custos industriais ainda estão em patamar bem elevado, o que prejudica a competitividade da indústria, tanto no mercado doméstico como no internacional", diz a economista da CNI Paula Verlangeiro.
Quando relacionado ao segundo trimestre do ano passado, a redução do ICI chega a 10,9%. O detalhamento dos índices estão na tabela abaixo.
Explicando as quedas
De acordo com a CNI, a queda nos custos da produção decorre das reduções nos preços internacionais de commodities empregadas pelo setor. Estes preços mantinham ritmo de queda entre abril e junho. E poderia ter caído mais: é que o custo com pessoal, de 1,4%, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho e pelo aquecimento de contratações tradicional no segundo trimestre, segurou a baixa.
O custo com capital baixou 6,3%, puxado pela redução na taxa média de juros das operações de crédito. As condições para crédito ainda são restritivas, mas já permitiram uma leve queda na passagem do primeiro para o segundo trimestre.
O custo tributário apresentou queda de 0,6% na comparação do segundo com primeiro trimestre de 2023.
Apesar das diminuições nos preços para as fábricas, a CNI apurou que a média dos índices de custos permanece 31,3% acima dos níveis de antes da pandemia de Covid-19.
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