Custo da cesta básica diminui em 14 capitais pesquisadas pelo Dieese em setembro
Produtos como batata, carne bovina de primeira e feijão carioquinha influenciaram queda
Camila Stucaluc
O custo da cesta básica registrou queda em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em setembro. Segundo os dados, a redução mais expressiva para o mês ocorreu em Brasília (-4,03%), enquanto a maior elevação foi observada em Vitória (3,18%).
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Florianópolis foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 747,64), seguida de Porto Alegre (R$ 741,71) e São Paulo (R$ 734,77). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
O produto que apresentou maior diminuição foi o quilo da batata, com variações entre -26,01%, em Brasília, e -19,17%, em Belo Horizonte. O mesmo ocorreu com o preço da carne bovina de primeira, que registrou variações de -5,88%, e o quilo do feijão carioquinha, que caiu em todas as capitais. O quilo do arroz agulhinha, por sua vez, apresentou elevação em 15 cidades, chegando a 7,25% em Campo Grande.
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 53,09% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena queda em relação ao mês de agosto, quando foi contabilizado 53,57%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário (hoje em R$ 1.320) para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o piso atual. No mês anterior, o valor necessário era de R$ 6.389.72, o equivalente a 4,84 vezes o piso mínimo.