Ibovespa fecha em queda pela 11ª vez seguida
Sequência de baixas é a pior para a bolsa desde 1984; dólar volta a subir e encosta nos R$ 5,00
O Ibovespa fechou em baixa de 0,55% nesta 3ª(15.ago), aos 116.171 pontos. O resultado marca a 11ª queda seguida do pregão, pior sequência desde fevereiro de 1984. O desempenho da sessão foi pautado principalmente por efeitos dos mercados no exterior, marcadamente a partir de contextos da China e dos Estados Unidos.
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No país oriental, a produção industrial decepcionou registrando alta de 3,4% em julho, abaixo dos 4,4% esperados pelo mercado. O varejo foi parecido: vendas de 2,5% também em julho, quando a marca estimada era 4,5%.
Pelas bandas de Tio Sam, a notícia é boa só que mal recebida: ainda no sétimo mês do ano, as vendas do varejo cresceram 0,7% - sendo que o esperado era 0,4%. No comparativo anual a alta foi de nada menos do que 3,17%, mais do que o dobro do esperado (1,5%). Economia em atividade mais intensa, certo? A princípio o que seria bom, acaba dando em preocupação dos investidores e analistas por recolocarem no radar a chance de o Federal Reserve (FED), o Banco Central dos EUA, ter de subir juros novamente, alternativa que os investidores já há algum tempo estavam gostando de poder descartar. O mercado aguarda a divulgação da Ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) nesta 4ª(16.ago). Pelo sim, pelo não, os principais índices vieram abaixo. Confira:
- Dow Jones: -1,02%
- S&P 500: - 1,16%
- Nasdaq: - 1,14%
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No cenário doméstico a Petrobras reajustou os preços dos combustíveis, provocando a curva de juros longos. Os papéis da companhia tiveram ganhos ajudando o Ibovespa a não perder mais. A saber qual o efeito sobre a inflação. Além disso, uma troca de falas no mínimo provocativas entre Fernando Haddad e Arthur Lira ligou os alertas para o andamento do pacote fiscal no Congresso.
Ao final do dia o Ibovespa caiu e o dólar teve alta pra chegar muito perto dos R$ 5,00: a cotação para venda saiu a R$ 4,987, ou mais 0,43%.
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