Haddad: proposta para controle de gastos está em fase final e foi bem recebida
Ministro da Fazenda deu a declaração depois de se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado
Depois de se reunir nesta 2ª feira (20.mar) com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a nova proposta de arcabouço fiscal, para controlar os gastos do governo, foi recebida de forma "muito boa".
"Nós expusemos as linhas gerais do arcabouço que vai ser anunciado pelo Presidente da República. Acho que a recepção tanto dos líderes quanto dos presidentes foi muito boa", informou o ministro.
Pela manhã, a proposta também foi apresentada ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e ao líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). A previsão é de que nesta semana também seja organizada uma conversa sobre a proposta com os líderes dos demais partidos no Congresso.
Segundo Haddad faltam apenas alguns detalhes para finalizar a proposta. Um deles seria se o texto vai incluir já nesta fase um "arcabouço regulatório" para prever mudanças no formato das parcerias público-privadas, as chamadas PPPs. "É uma coisa importante para alavancar investimentos no país", pontuou.
Haddad também vai dar um retorno ainda nesta 2ª feira (20.mar) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o que ouviu nas conversas. A intenção do governo é anunciar o arcabouço antes da viagem oficial de Lula à China prevista para o dia 26 deste mês.
Como noticiou o SBT News, Haddad entregou o novo arcabouço fiscal para o presidente Lula na última 6ª feira (17.mar). O documento substitui o antigo teto de gastos e é avaliado como a principal preocupação do governo neste primeiro trimestre.
A chamada nova âncora fiscal está sendo apresentada porque a Emenda Constitucional da Transição, que liberou do teto de gastos R$ 145 bilhões do Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos caso haja excesso de arrecadação, estabeleceu a obrigação de o governo enviar um projeto de lei complementar que substitua o teto de gastos até agosto.