Atividade do comércio físico recua 0,6% em fevereiro, diz Serasa Experian
É a segunda queda consecutiva; tendência de desaceleração se confirma com resultado menor em 12 meses
Guto Abranches
A atividade de vendas do comércio físico caiu 0,6% em fevereiro, quando comparada ao mês anterior, de acordo com levantamento da Serasa Experian divulgado nesta 4ª feira (15.mar). É a segunda queda consecutiva neste ano - em janeiro, a baixa tinha sido de 0,5%. E a tendência é de desaceleração: o crescimento do segundo mês do ano, quando visto em paralelo ao mesmo mês de 2022 foi de 4,7%, abaixo do primeiro, em que o indicador subiu 6,1%.
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O impacto da inflação que permanece elevada é direto sobre o desempenho do setor. Custo de vida alto é igual a política monetária restritiva (leia-se juros altos) exatamente pra segurar a escalada dos preços. Só que a estratégia reduz o crédito - ninguém quer pagar juros mais caros -, a tomada de empréstimos e o crediário (financiamento). Em função disso, aumenta a dificuldade dos consumidores em pagar as prestações que já contrataram, e o resultado são as dívidas em aberto.
"A situação do comércio deve começar a melhorar quando o quadro de inadimplência dos consumidores for revertido, gerando o aumento do poder de compra da população. No entanto, para que essa melhora aconteça, é fundamental que a inflação diminua, reduzindo os preços dos produtos em geral e incentivando o consumo", avalia o economista chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Veja evolução no gráfico abaixo:
Setores e regiões
Apenas dois setores dos pesquisados pela Serasa Experian apresentaram desempenho positivo no mês passado. Foram Combustíveis e Lubrificantes, com + 1,2%, e Mòveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática, que evoluiu positivamente em 1,1%. Os demais setores baixaram, com destaque de queda para Veículos, Motos e Peças emm = 3,2%. Confira gráfico completo abaixo.
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