Combustíveis podem ficar mais caros com volta de tributos, diz governo Bolsonaro
Ministro de Minas e Energia afirma que gasolina deve subir R$ 0,69 por litro
Edney Freitas
O atual ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachisda disse, nesta 4ª feira (28.dez), que o preço da gasolina pode subir R$ 0,69 por litro com a volta da cobrança dos tributos federais sobre combustíveis.
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Segundo Sachisda, o preço do diesel também deve aumentar, cerca de R$ 0,33 por litro. Para ele, a subida dos preços deve ocorrer caso se confirme o fim da isenção do PIS e Cofins a partir do ano que vem.
A possibilidade de aumento dos combustíveis foi destacada pelo ministro Sachisda em sua conta no Twitter.
Preço da gasolina, diesel e etanol vai AUMENTAR a partir de janeiro por escolha do novo governo.O governo do PT optou por não prorrogar a isenção de tributos federais sobre combustíveis. Resultado: a partir de janeiro gasolina vai aumentar aproximadamente R$ 0,69 e diesel R$ 0,33 pic.twitter.com/5EPGcZfrDZ
? Adolfo Sachsida (@ASachsida) December 28, 2022
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitou ao atual governo que não prorrogue a isenção de impostos federais. A intenção da nova equipe econômica é analisar a desoneração e os impactos nas contas públicas nos primeiros 15 dias de governo.
"Vamos aguardar a nomeação do presidente da Petrobras. Temos expectativa em relação a muitas variáveis que impactam nessa decisão, como a trajetória do dólar, do preço do petróleo. Para não tomar nenhuma decisão açodada, o governo atual se abstém, e a gente, com calma, avalia", afirmou Haddad.
O prazo de isenção termina no próximo sábado (31.dez). A desoneração foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a crise que levou à alta dos preços dos combustíveis no país.
Haddad acrescentou ainda que a questão preocupa o governo eleito, mas que é preciso considerar variáveis que podem mudar no início de 2023, entre elas, a trajetória do dólar e o preço internacional do petróleo. Além disso, Haddad espera discutir o assunto após a nomeação do novo presidente da Petrobras.