Produção industrial cai 0,7% em setembro, mostra IBGE
É o segundo mês seguido, acúmulo é de 1,4% negativo
A produção industrial recuou 0,7% na passagem de agosto para setembro e acumula queda de 1,4% em dois meses. Com esses resultados, o setor encontra-se 2,4% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, divulgada nesta 3ª feira (1.nov).
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A redução ocorreu em 21 dos 26 ramos pesquisados. Entre as influências negativas, produtos alimentícios (-2,9%), metalurgia (-7,6%) e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-2,6%).
"Esse perfil disseminado de queda na produção, com apenas 5 setores avançando seu ritmo produtivo, não era observado desde janeiro de 2022, quando apenas 4 segmentos industriais mostraram crescimento. Entre as atividades que crescem, o setor extrativo (1,8%) é o de maior impacto positivo, com destaque para os avanços na extração dos óleos brutos de petróleo, gás natural e os minérios de ferro. Entre as grandes categorias econômicas, todas mostraram recuo na produção em setembro", esclarece o gerente da pesquisa, André Macedo.
Na comparação com o ano passado, setor assinalou alta de 0,4%
Com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 12 dos 26 ramos pesquisados, a comparação com o mesmo mês do ano passado ficou positiva em 0,4%, com a principal influência positiva vindo do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias (20,3%).
"O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias é o que mais pressiona positivamente e mantém o total do setor industrial no campo de crescimento. Vale destacar a influência da base de comparação, uma vez que essa atividade recuou 8,8% em setembro do ano passado. Isso ajuda a explicar a magnitude de expansão observada nesse mês", explica Macedo. O pesquisador avalia, ainda, os itens de maior destaque no segmento. "Em termos de produtos que impactam positivamente, podemos citar automóveis, autopeças e caminhões".
"A base de comparação também deve ser considerada para entender o crescimento de 0,4% do total da indústria, na medida em que em setembro do ano passado o setor industrial recuou 4,1%", acrescenta Macedo.
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