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Economia

Custos devem diminuir em 7,7% o confinamento bovino em 2022

Preço da carne, que perdeu força, também é motivo para os pecuaristas diminuírem produção

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Confinamento
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A perda de preço do produto final e o aumento das despesas de alimentação devem diminuir o confinamento de bovinos de corte em 2022, conforme a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon). Seriam 7,7% a menos que no ano passado. De 6,5 milhões cabeças para 6 milhões.

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"A sensação geral é de atenção, já que o preço da arroba não avançou como esperado, por conta do aumento da oferta de animais para abate. Por outro lado, as vendas de carne mantêm-se estáveis no mercado interno, devido à queda do poder aquisitivo da população. Com isso, o preço do boi gordo não avança, desanimando os pecuaristas a intensificar a produção e priorizando a criação a pasto", avalia o vice-presidente da Assocon, José Antônio Ribas.

Para contornar a situação, ele reforça a importância do rígido controle de dados no confinamento, com uso das técnicas de pecuária de precisão, em um mercado cada vez mais difícil para obtenção de rentabilidade. Ribas também comenta que, atualmente, há alternativas para quem não quiser montar estruturas de confinamento: "Antes os pecuaristas pequenos não tinham alternativas e tinham que montar estrutura própria, sendo inviável. Agora são muitas alternativas com os 'boitéis', que tem cada vez mais oferta no mercado. Está sendo um momento bom para o pecuarista que pode contar com várias opções. Vemos uma tendência não existir pequenos e médios confinamentos, mas sim o uso de ferramentas terceirizadas, sem a necessidade de muito investimento".

Ribas está confiante em relação ao aumento do consumo de carne bovina nos próximos meses devido à Copa do Mundo e também às festas do fim do ano. "São momentos importantes para puxar a demanda. As exportações vão muito bem, porém é preciso contar com o crescimento do consumo interno, que está nos menores níveis dos últimos anos".

O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, responsável por cerca de 16% do volume mundial. Os animais confinados devem representar entre 1 milhão e 1,2 milhão de toneladas do produto.

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