Copa do Mundo: produtos do "kit torcedor" ficaram até 100% mais caros, diz XP
O preço da carne acumula alta de 79,1% no período de agosto de 2018 a julho de 2022
Os produtos mais consumidos no período de Copa do Mundo ficaram até 100% mais caros de 2018 -- quando houve a última edição do evento -- a 2022, segundo levantamento realizado pela plataforma tecnológica de investimentos, serviços financeiros e educação XP Inc.
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Pacotes de figurinha do álbum da Copa acumulou alta no preço de 100% no período de agosto de 2018 a julho de 2022. A carne, de 79,1%. Depois ficam a camisa da Seleção Brasileira (40%), refrigerante e água no domicílio (23,7%), refrigerante e água fora do domicílio (20,2%), cerveja no domicílio (18,4%), televisor (16,8%), álbum da Copa (16,5%) e cerveja fora do domicílio (14,9%). Para efeito de comparação, o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) acumula alta de 26,8% no período.
A XP atribui a alta no preço da televisão à pandemia: a crise sanitária provocou um aumento na demanda pelo produto e uma disrupção na cadeia global de suprimentos do aparelho. Em relação à carne, a líder regional da XP no Centro-Oeste do país, Vanessa Tomé, diz que a alta "está associada a maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020 e 2021". "Cervejas e refrigerantes, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente de embalagens, com cotação em dólares", acrescentou.
Sobre a alta no preço na camisa da Seleção, a XP fala ser "importante lembrar que o setor de vestuário vem batendo recordes para variação em 12 meses - a maior desde 1995, em meio ao Plano Real - e chegou a alcançar 16,66% em julho em decorrência de dois fatores". São eles desajustes nas cadeias de fornecimento de matéria-prima para o setor, obrigando o repasse do crescimento de custos ao consumidor, e volta do consumo com a reabertura da economia durante em meio a esses desajustes. Outro fator que levou ao crescimento no preço da camisa, diz a plataforma responsável pela pesquisa, foi o aumento e volatilidade do câmbio, pois o produto tem o mesmo valor em dólares no mundo todo.
O levantamento foi feito com base em dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central do Brasil (BC), Nike, Panini e XP. Foram compiladas também as variações de preços de 2010 a 2014 e de 2014 a 2018. Confira: