Com preço do combustível em queda, prévia da inflação cai 0,37%
O IPCA-15 coletou os preços entre 13 de agosto e 14 de setembro de 2022
A prévia da inflação de setembro ficou em -0,37%, registrando a segunda queda seguida após -0,73% em agosto. Os dados foram divulgados nesta 3ª feira (27.set) pelo IBGE. O instituto também publicou o IPCA-E, sobre o acumulado do trimestre, que foi de -0,97%.
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Apesar da deflação, apenas três grupos de produtos e serviços dos nove pesquisados tiveram queda em setembro.
Transportes teve recuo de 2,35%, influenciado pelo item "combustíveis". Os subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) tiveram queda nos preços.
Além disso, também registraram queda nos preços os grupos Comunicação (-2,74%) e Alimentação e bebidas (-0,47%).
O primeiro, a maior variação negativa em absoluto (-2,74%), teve o resultado influenciado pela redução nos preços dos planos de telefonia fixa (-6,58%) e de telefonia móvel (-1,36%), além de queda nos pacotes de acesso à internet (-10,57%).
Já o grupo de Alimentação e bebidas (-0,47%) teve o índice puxado para baixo pela alimentação no domicílio (-0,86%). Entre os subitens, destacam-se os recuos do óleo de soja (-6,50%), do tomate (-8,04%) e principalmente do leite longa vida (-12,01%).
Já a alimentação fora do domicílio desacelerou e passou de 0,80% em agosto para 0,59% em setembro. O item lanche (0,94%) segue em alta, com variação próxima à do mês anterior (0,97%), enquanto a refeição também desacelerou: de 0,72% para 0,36%.
Os demais seis grupos apresentaram alta no IPCA-15 de setembro. Destaque para Vestuário (1,66%), com alta nos preços das roupas femininas (1,83%), masculinas (1,78%) e infantis (1,52%), que voltaram a subir de forma mais intensa.
O grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,94%) foi influenciado pelos itens de higiene pessoal (1,28%), planos de saúde (1,13%) e produtos farmacêuticos (0,81%).
Vindo de queda de 0,37% em agosto, o grupo Habitação (0,47%) viu os preços aumentarem, com gás de botijão (0,81%), aluguel residencial (0,72%), além da energia elétrica (0,41%).
No recorte regional, nove das 11 áreas apresentaram deflação em setembro. A maior queda ocorreu em Recife (-0,93%), influenciada pelo recuo nos preços da gasolina (-13,85%). Já o maior aumento foi em Belém (0,50%), puxado pela alta da energia elétrica residencial (10,52%).
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