Diplomatas da Europa e EUA discutem desmatamento no Brasil
Encontro aconteceu no evento Conexão pelo Clima, em São Paulo
"Não se faz sozinho, não é uma missão isolado de cada país, é algo planetário." A frase parece óbvia quando se imagina que o autor, Glenn Fedzer, chefe de assuntos sobre clima da Embaixada Americana no Brasil, esteja falando de preservação. Mas, não. É sobre investimento e o quanto outros países ou instituições poderiam ajudar o Brasil para evitar o desmatamento. Essa foi a discussão no último painel do Conexão pelo Clima, evento realizado em São Paulo, nesta 6ª feira (9.set).
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A necessidade já foi levantada em muitos outros encontros sobre o tema aqui em no exterior, porque o Brasil tem mais de 60% do território preservado, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Ageroepecuária (Embrapa) e, por isso, é tão exigido quanto à preservação. Até porque outros países não têm a mesma proporção. Então, se nossa conservação é importante para o mundo, que todos busquem a solução. É uma questão de justiça climática.
De acordo com o Boston Colsuting Group (BCG), toda a comunidade internacional precisa investir US$ 130 trilhões até 2030 para manter o que ainda se tem. Dinheiro que, com tantos outros investimentos que os países preferem fazer, em negócios de retorno mais rápido, por exemplo, pode nunca aparecer.
Ainda bem que há alternativa, conforme outro painelista. Ricahard Ridout, diretor sobre assuntos climáticos da Embaixada Britância no Brasil, disee que a iniciativa privada tomou conta da agenda. "No mundo todo há trilhões de dólares dos bancos disponíveis para projetos de sustentabilidade."
Mas, "esses créditos só são liberados para projetos que obedecem uma série de regras de preservação", lembrou Stefan Agne, da delegação da União Europeia no Brasil. Logo o debate se enveredou para o aumento do desmatamento no Brasil no período recente e Fedzer podenrou dizendo para que países invetidores passassem a olhar separadamente para os estados. "Existem governadores comprometidos e com fácil diálogo."
Um levantamento do Observatório do Clima mostra que Minas Gerais destina 7% de todo o orçamento para o meio ambiente. Amazonas, Pará e Mato Grosso, 6%. Porém, a maioria destina 1% ou menos. Já o governo federal, ou mais especiaficamente o Ministério do Meio Ambiente, não tem gasto nem 1% do próprio orçamento, que gira em torno de R$ 25 milhões por ano.
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