Crescimento do PIB foi maior nas regiões Sul e Centro-Oeste
Análise do Banco Central mostra que o Sudeste teve retração devido à indústria de transformação
Pablo Valler
O Banco Central dvulgou nuances do Produto Interno Bruto (PIB), que demonstrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre. De acordo com o Boletim Regional, publicado nesta 6ª feira (02.set), as regiões Sul e Centro-Oeste foram as que mais cresceram.
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A atividade econômica teve um avanço de 2,8% no Sul. Mas, é importante destacar que essa alta ocorre sobre uma base baixa. Durante o primeiro trimestre, a região sofreu com a quebra na produção de soja. Houve retomada na construção e no comércio.
O documento aponta que "o comércio assinalou expansão generalizada no período, avançando em oito das dez atividades pesquisadas, sobretudo em combustíveis e lubrificantes".
"A economia do Centro-Oeste continuou evoluindo positivamente no segundo trimestre de 2022. Prospectivamente, parte da colheita do milho segunda safra ocorrerá no terceiro trimestre, com reflexos na indústria de alimentos e em transportes e armazenamento", diz.
A região ainda teve geração de empregos formais, conforme o relatório, e a inflação caiu por conta do teto do ICMS aprovado pelo Congresso. Para o terceiro trimestre, o BC prevê impacto do Auxílio Brasil de R$ 600 na atividade.
Norte
Assim como em todo o país, a retomada dos serviços impulsionou o Norte, que cresceu 1,5%. Resultado que movimentou o mercado de trabalho, com criação de 18,5 mil vagas formais.
Nordeste
A alta de 1% no Nordeste é consequência do desempenho na agropecuária, construção civil e, principalmente, no setor de serviços. Destaque para o turismo que superou níveis pré-pandemia.
Sudeste
O Sudeste foi a única região em desaceleração, com 0,1% a menos. São Paulo influenciou muito com a crise na indústria de transformação e serviços financeiros e prestados às empresas. No comércio, retração nas vendas de material de construção, veículos e eletrodomésticos como provável reação ao aumento da taxa de juros.
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