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Economia

Aeroporto de Congonhas é arrematado por quase R$ 2,5 bilhões

Ágio foi de 231,02% a mais que o lance inicial, mesmo sem concorrentes

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Congonhas
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O lance mínimo seria de R$ 740 milhões. Ou seja, no caso de uma única empresa se interessar pela licitação do bloco de 10 aeroportos, entre eles o terminal de Congonhas, na capital paulista, poderia bater o martelo sem esforço. Mesmo assim, o grupo espanhol Aena, que era a única concorrente, fez uma proposta 231,02% acima do esperado: R$ 2.450.000.000,00. Quase R$ 2,5 bilhões.

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Por que o lance foi tão alto? Apesar de ter chamado atenção, para o doutor e e professor de economia do Instituto Mauá de Tecnologia (MIT), Ricardo Balistiero, "é comum quando o lance inicial é tão baixo. Apesar do valor estar acima em mais de 230% na comparação com valor proposto, já teve leilão com ágio muito maior, de 5.000%", pondera ele. Mas por que o governo federal teria fixado um valor tão baixo, então? "Às vezes, se faz isso justamente para atrair investidores quando tem chance de não haver um interessado", explica.

Aena tem experiência internacional

O grupo espanhol que arrematou Congonhas também acabou fechando contrato com outros nove terminais: Campo Grande (MS); Corumbá (MS); Ponta Porã (MS); Santarém (PA); Marabá (PA); Carajás/Parauapebas (PA); Altamira (PA); Uberlândia (MG); Uberaba (MG) e Montes Claros (MG). A Aena Desarollo Internacional deve investir R$ 5,9 bilhões em modernizações das infraestruturas. As reformas e modernizações que são os verdadeiros objetivos do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Aviação (Anac).

"Os aeroportos privados já são 4 vezes e meia mais rentáveis que os públicos", disse logo após bater o martelo, Juliano Noman, diretor-presidente da Anac.

No Brasil, a Aena já opera nos aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE) desde 2019, quando houve outra rodada de leilões. O valor pago foi de R$ 1,917 bilhão, um ágio de 1.010%.

Novo Norte tem experiência com rodovias

Já o bloco com aeroportos da região norte, com Belém (PA) e Macapá (AP), houve concorrência de duas empresas. O valor incial era de R$ 56,9 milhões. O primeiro lance foi de R$ 72 milhões da Novo Norte Aeroportos. Ultrapassado pela Vinci Airports, que ofereceu um milhão a mais. A partir daí começou o leilão em si. Após seis rodadas de propostas, algumas anunciadas nos últimos segundos para a batida do martelo, a Novo Norte Aeroportos conseguiu a licitação por R$ 125 milhões.

XP Investimentos decola em novo negócio

Outro bloco contempla terminais de aviação executiva, o Campo de Marte, em São Paulo, e o Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Também com apenas uma empresa interessada. A novata no setor, XP Asset, do grupo que tem nos negócios a XP Investimentos. Arrematou os dois terminais por R$ 141.4 milhões. O lance mínimo era de mesmo valor.

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