PIB aumenta 1,1% na comparação trimestral, analisa FGV
Consumo aumenta com benefícios. Mas, para pesquisadora, consequência é de curto prazo
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A atividade econômica nacional cresceu 1,1% na comparação entre o segundo e o primeio trimestre do ano e 0,1% entre junho e maio. Na relação interanual, cresceu 3,0% no segundo trimestre e 2,7% em junho. Os dados são do Monitor do PIB-FG, divulgados nesta 3ª feira (16.ago).
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"É reflexo do desempenho positivo das três grandes atividades econômicas, embora seja esperada uma redução do ritmo da atividade econômica no segundo semestre devido aos juros que estão em patamares elevados, e a despeito da expectativa de redução do ritmo inflacionário. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo são os principais componentes a explicar o crescimento do PIB no trimestre. Pode-se destacar que os estímulos aplicados a economia, como a liberação do FGTS e a redução dos preços de alguns produtos considerados essenciais surtiram efeito positivo, pelo menos no curto prazo" considera Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
Consumo das famílias
Aumentou em 1,8% o consumo das famílias na comparação entre o segundo trimestre e o primeiro. De maio para junho foram 0,3%. Na comparação interanual, alta de 4,3% no segundo trimestre. Entre os componentes que cresceram, destaque continua sendo do consumo de serviços. O único em queda é o consumo de bens duráveis, o que era esperado com o nível elevado dos juros.
Formação bruta de capital fixo (FBCF)
A FBCF subiu 4,0% no segundo trimestre em comparação ao primeiro e de 1,3% em junho frente a maio. Na comparação interanual cresceu 0,3% no segundo trimestre. O componente de máquinas e equipamentos foi o único a apresentar queda nesta comparação (-3,7%), porém a uma taxa menor do que as quedas observadas nos meses anteriores.
Exportação
A exportação de bens e serviços apresentou retração de 2,4% no segundo trimestre em comparação ao primeiro e crescimento de 7,8% em junho frente a maio. Na análise interanual, as vendas ao exterior diminuíram 4,6% no segundo trimestre. Pelo segundo mês consecutivo, as quedas na exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral tiveram papel importante no desempenho negativo da exportação.
Importação
A importação de bens e serviços aumentou 7,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro e retraiu 1,2% em junho frente a maio. Na análise interanual retraiu 1,6% no segundo trimestre. Desde o trimestre encerrado em janeiro, a queda na importação de bens intermediários foi a principal responsável por esse resultado negativo da importação.
Em valores
Em valores correntes, estimam-se 4 trilhões 596 bilhões e 527 milhões de Reais no acumulado do PIB no primeiro semestre de 2022.
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