FPA tenta reverter decisão sobre carbendazim, ativo de agrotóxicos
Bancada ruralista na Câmara dos Deputados propôs decreto contra decisão da Anvisa
Pablo Valler
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), conhecida bancada ruralista da Câmara do Deputados, criou e já apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/2022) para revogar a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o carbendazim, um ativo usado para produzir fungicidas usados nas lavouras, principalmente, de soja.
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Em nota, a FPA informa que a suspensão do carbendazim pode causar impacto na produção, com aumento das doenças foliares, além de aumento nos custos, o que agravaria a inflação dos alimentos. Por isso, pede que a molécula seja mantida até que outras, de mesma função, seja aprovada.
Os parlamentares comparam ainda que o uso continua permitido em países como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai, Equador, Costa Rica, Honduras, China e a Austrália.
Sobre a possibilidade de fazer mal à saúde humana, diz que o "perigo existente na utilização do Carbendazim, assim como em qualquer outro pesticida ou medicamento, seja para plantas ou destinado aos seres humanos, está na dosagem e na forma de manuseio".
O PDL é de autoria do também vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o deputado federal José Mário Schreiner (MDB-GO).
A resolução da Anvisa foi espedida nesta 3ª feira (09.ago) e prevê um plano de descontinuação de 12 meses para o carbendazim.
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