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Economia

Selic: ata de reunião do Copom mostra mais cautela com reajustes

Risco fiscal e cenário internacional dificultam análises, mostra ata de reunião do Copom

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BC
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As estratégias eleitoreiras travestidas de políticas sociais de Jair Bolsonaro, como o Auxílio Brasil turbinado de R$ 600, pressionam ainda mais a inflação e dificultam a análise sobre o impacto que a taxa básica de juros estaria tendo sobre a economia.

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Além desse fator, a economista chefe da Tenax Capital, Débora Nogueira, avalia que o que acontece no exterior, "tanto pelo aperto coordenado entre os países como pelos sinais de desaceleração da atividade", podem dar sustentação ao esforço deinflacionário do BC.

Diante desse cenário com fatores incomuns, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se mostra mais reticente, como mostra a ata da reunião realizada na semana passada - que elevou a Selic de 13,25% para 13,75% - divulgada nesta 3ª feira (09.ago).

"O Copom enfatiza que seguirá vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas. Nota ainda que a incerteza da atual conjuntura, tanto doméstica quanto global, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação", diz um trecho.

Para Nogueira, o Copom considera que "o trabalho está feito. O cenário base é zero na próxima e darão 0,25% a mais no caso de uma surpresa. A história de serviços (atividade e inflação) seguirá contra o BC, mas a janela favorável de preços voláteis deve viabilizar a parada na próxima reunião". Ou seja, a Selic não deve sofrer novo reajuste na próxima reunião, marcada para 20 e 21 de setembro desse ano. 

O BC também já considera que os reajustes atuais podem ser suficientes para o que se projeta para o ano que vem: "A projeção da inflação de doze meses no primeiro trimestre de 2024, que incorpora os efeitos secundários das alterações tributárias, assim como efeitos acumulados da manutenção da taxa de juros em patamar significativamente contracionista, é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. O Comitê notou que a projeção de inflação para o ano-calendário de 2024 também se encontra ao redor da meta estipulada", informa a ata da reunião do Copom.

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