Embraer projeta aumento de 3,2% na demanda global por viagens ao ano
Cálculo é feito para as próximas duas décadas e engloba aeronaves de até 150 assentos
Camila Stucaluc
A recuperação do turismo após a crise da pandemia de covid-19 continua positiva. Segundo projeção da Embraer, a demanda global por viagens aéreas em aeronaves de até 150 assentos crescerá 3,2% ao ano nas próximas duas décadas. Com isso, espera-se que o setor volte ao nível pré-pandêmico (2019) até 2024.
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No geral, a digitalização (home office e videoconferências) e regionalização (relocalização produtiva ou reshoring), que surgiram no início da pandemia, serão os pontos principais para impulsionar a demanda por aeronaves de menor capacidade. O forte crescimento do comércio eletrônico também está abrindo novos mercados para o setor.
Para os próximos vinte anos, a Embraer calcula que o número de pequenas aeronaves deve atingir 10.950 unidades, sendo 8.670 jatos e 2.280 turboélices. O valor de mercado de todas as novas aeronaves, portanto, deve atingir US$ 650 bilhões.
Já em relação à taxa de crescimento da demanda por viagens, a região Ásia-Pacífico (incluindo China) deve registrar a maior porcentagem, com 4,3%. Em seguida, estão as regiões América Latina (+4%), África (+3,8%), Oriente Médio (+3,2%), Europa (+2,3%), América do Norte (+2%). Para a média global o avanço é calculado em 3,2%.
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"A adequação da capacidade à demanda é a maneira mais sustentável de capturar as oportunidades de crescimento no mundo pós-pandemia. Novas tecnologias verdes tendem a se concentrar em aeronaves de menor porte, onde as inovações são inicialmente aplicadas antes da introdução em plataformas maiores. Nesse contexto, aviões menores são elementos-chave para viagens aéreas mais sustentáveis, além de melhorar igualmente a conectividade", diz a Embraer.