Preço da gasolina caiu em 23 estados e no DF, diz ANP
Novos valores refletem a aprovação de um Projeto de Lei (PL) no Congresso
Soane Guerreiro
O preço da gasolina caiu em 23 estados e no Distrito Federal. É o que mostra um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mas o diesel continua caro e preocupa o governo e os caminhoneiros.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Quem chega nos postos, já fica um pouco mais animado. Mas o consumidor ainda aposta em valores mais baixos nas bombas. "Estou botando só R$ 60,00, porque aposto que ainda vai diminuir mais um pouco, para encher o tanque durante o mês", falou o contador Nicolas Parreira.
Segundo a ANP, o preço do litro da gasolina comum está sendo vendido, em média, a R$ 6,49. Uma queda de 9% em relação aos valores praticados até o início de julho (26 de junho a 2 de julho). Os estados que registram as maiores quedas são: Amazonas (25%), Maranhão (16%) e Minas Gerais (15,4%). O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Honorato explica que, apesar de outros componentes -- como a pandemia, a guerra na Ucrânia, o aumento do dólar --- interferirem no preço gasolina, a redução na tributação provocou um resultado positivo para os consumidores. Segundo ele, a diferença de R$ 1,00, R$ 1,50, observada nas bombas"veio para ficar". Ainda em suas palavras "a taxa de inflação deve ter um impacto nela, deve ser reduzida, isso não significa que os preços vão voltar ao que eram".
Esses novos preços refletem a aprovação de um Projeto de Lei (PL) no Congresso que tornou os combustíveis bens essenciais e limitou a cobrança do ICMS, o imposto estadual, a 18%o. Mas a medida não provocou o mesmo impacto sobre o diesel, que já era tributado com um percentual menor que a gasolina.
A cobrança de ICMS no diesel é de até 14%, e o litro custa, em média, R$ 7,52. Por esse motivo, o governo tenta aprovar, dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, que está sendo votada na Câmara, um auxílio de R$ 1 mil para os caminhoneiros até o final do ano. Mas a categoria alega que a medida não resolve o problema dos autônomos.
"Um caminhoneiro, o diesel dele de consumo é 2 km com um litro", afirmou Wallace Landim, o Chorão, líder dos caminhoneiros. Segundo ele, os caminhoneiros não precisam do auxílio, que chama de "pacote de esmola".
Veja também: