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Economia

Petrobras é alvo de processo administrativo

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai analisar divulgação de informações sobre mudanças na empresa

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Imagem genérica de divulgação de fachada do prédio que em que funciona a sede da Petrobras, no RJ
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No Brasil, empresas de capital aberto, com ações sendo negociadas na bolsa de valores, precisam seguir uma série de regras para a divulgação de determinadas decisões e movimentações internas, como mudanças em suas diretorias. Diante da confirmação, na manhã desta 2ª feira (20.jun), da renúncia de José Mauro Coelho do cargo de presidente da Petrobras, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo contra a petrolífera.

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A CVM, que é o órgão que regula o mercado de capitais no país, questiona a companhia sobre a forma como a saída de Coelho foi anunciada. A especulação sobre a queda acontecia desde a última sexta 6ª feira (17.jun). O nome do executivo, aliás, foi mencionado mais de uma vez -- em tom crítico -- pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Primeiramente, o parlamentar cobrou a saída imediata de Coelho. Depois, em artigo de jornal, o chamou de "presidente ilegítimo" da empresa que tem o governo federal como principal acionista.

No mesmo processo administrativo, a CVM levanta questões sobre o que chama de aparente "movimentações atípicas" dos ativos da Petrobras na B3, a bolsa de valores brasileira, no decorrer da última semana. Na 6ª, quando anunciou o reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel e passou a ser criticada por políticos, a Petrobras viu suas ações serem desvalorizadas em 7,25% (PETR3, ordinárias) e 6,09% (PETR4, preferenciais), conforme noticiado pelo SBT News.

Publicamente, a CVM não comenta o processo administrativo aberto contra a petrolífera.

Posicionamento da Petrobras

Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirma que José Mauro Coelho apresentou carta de renúncia apenas na manhã desta 2ª feira (20.jun). Posteriormente, a empresa divulgou que Fernando Borges, diretor-executivo do setor de exploração e produção, assume a função de presidente de forma interina.

Sobre a recente desvalorização de seus ativos, a companhia registrou não ter conhecimento de "qualquer ato ou fato relevante pendente de divulgação que possa justificar as oscilações registradas no preço, na quantidade e no número de negócios envolvendo ações". A CVM pediu, em ofício, justificativas sobre o preço das ações ordinárias de 3 a 17 de junho.

"Compromisso com as melhores práticas quanto à divulgação de informações relevantes acerca de seus negócios."

"A companhia reafirma, ainda, seu compromisso com as melhores práticas quanto à divulgação de informações relevantes acerca de seus negócios", garantiu a diretoria da Petrobras. Nesse sentido, a empresa fez questão de enfatizar que segue as regras impostas pela CVM no que diz respeito à comunicação dos chamados "fatos relevantes".

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