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Economistas avaliam que Copom subiu juros " dentro das expectativas"

Nos EUA, alta de 0,75% p.p. da taxa de juros foi a maior em 28 anos: " Fed caiu na real", diz analista

Economistas avaliam que Copom subiu juros " dentro das expectativas"
Banco Central aumenta taxa Selic
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As duas decisões sobre taxas de juros da chamada Super Quarta produziram reações distintas entre analistas e observadores do mercado financeiro. À tarde o FOMC (Comitê de Mercado Aberto do Banco Central Americano) elevou a taxa referencial nos Estados Unidos em 0,75 p.p. para 1,50%. De acordo com a política para os juros americanos, há um intervalo de flutuação onde os juros podem chegar a 1,75%. No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) também subiu os juros, mas em menor intensidade. Alta de 0,50 p.p. com a taxa saindo de 12,75% para 13.25% ao ano. Havia apostas no mercado nacional que falavam até em uma possível alta de 0,75%. Foi a décima primeira reunião seguida da diretoria do BC brasileiro a subir os juros. E no comunicado emitido logo após a decisão, fica aberta a possibilidade para pelo menos " uma nova alta de 0,25 p.p. até agosto", dizem analistas. 

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Abaixo, repercussões entre economistas, consultorias e analistas do mercado financeiro.

Banco Central EUA 

Na verdade, é provável que o FED tenha agido tarde e que terá que elevar os juros até 4% ao ano (em 2023), patamar que não se vê desde 2007, para combater a inflação. A alta de juros, pra finalizar, terá efeito sobre o crescimento da economia (será menor do que se previa para este e para o próximo ano) e sobre o nível de emprego (a taxa de desemprego deve ficar um pouco acima do que se esperava. (Odair Abate, economista) 

O FED aumentou a taxa em 0,75%, acima do esperado como havia deixado escapar na última sexta-feira, decorrente da apuração inflacionária acima das expectativas, levando a inflação anual americana a 8,6% nos últimos 12 meses. Após a definição da taxa e declarações pelo FED de que o próximo aumento não deve ser tão forte, os índices de ações americanos reagiram e voltaram a subir. (Miriam Lundt, Myrian Lund, Planejadora Financeira da Lund Finanças)

O fed caiu na real. No comunicado e no discurso do Presidente do Fed que se seguiu à reunião, o Comitê deixou em aberto a possibilidade de novos aumentos da taxa de juros, seja de 0,5 ou de 0,75 p.p. Após um longo período irrealisticamente otimista em relação ao comportamento da inflação, a autoridade monetária americana adotou uma mudança importante de atitude diante do problema. (José Márcio Camargo, economista chefe da Genial Investimentos).

FOMC confirmou a postura mais dura e subiu os Fed Funds em 75 bps para 1,75%.Acrescentado uma frase que reafirma o compromisso de trazer a inflação 2%. Nas projeções econômicas do Fed, a média aponta um nível de 3,5% para o final do ano, chegando perto de 4% em 2023. ( Alexandre Mathias, CEO da Kilima Asset)

O FED resolveu enfrentar mais diretamente a inflação e esta alta está reorganizando a curva de juros por lá sancionando a visão mais altista dos juros.(André Perfeito, Necton Investimentos)

A realidade inflacionária e os termos utilizados pela autoridade no comunicado nos fazem acreditar que a taxa básica deverá ser elevada por mais uma vez ao passo de 75bps, principalmente quando consideramos o comunicado que salienta o forte compromisso do Comitêque em trazer a inflação para 2%. (Étore Sanchez, Ativa investimentos)

Copom

O Copom decidiu por unanimidade e fez o que se esperava. E já deixou claro que vem uma nova alta de 0,25 p.p. ou até 0,50 p.p. sinalizando uma trajetória de alta entre 13,75% e 14%. 

Na decisão, o Copom indicou um novo ajuste na próxima reunião de igual ou menor magnitude. Essa sinalização indica que o ciclo terá continuidade, mas o BC já se prepara para o estágio final de sintonia fina do ciclo, o que é compatível com uma alta de 25 bps na próxima reunião, provavelmente, encerrando o ciclo em 13,50%. (Alexandre Mathias)

Projetamos que o COPOM deve levar a SELIC para 13,5% em agosto e encerrar o ciclo. Vale notar que em agosto estará mais visível uma queda na inflação em 12 meses e isso pode dar ao BCB a ancoragem da inflação que ele espera. (André Perfeito)

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