Biden vai propor projetos de sustentabilidade na Cúpula das Américas
Anúncios devem ser feitos amanhã (10.jun). Hoje (9.jun), o presidente norte-americano encontra Bolsonaro
Pablo Valler
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve propor aos líderes presentes na Cúpula das Américas uma parceria econômica e ecológica para acelerar, principalmente, a transição energética de combustíveis fósseis, à base de petróleo, para tecnologias renováveis, geradas com luz solar e vento.
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Biden já havia adiantado, na 4ª feira (9.jun), que os encontros não se restringem a debater inflação e guerra na Ucrânia. "A parceria americana enfrentará a crise climática de frente com a mesma mentalidade que estamos trazendo para o trabalho nos Estados Unidos", disse aos pares.
"Quando ouço sobre clima, ouço empregos. Empregos bem pagos e de alta qualidade, que ajudarão a acelerar nossa transição para uma economia verde do futuro".
Ainda assim, o chefe da Casa Branca não agradou a todos, que queriam ouvir dele o motivo de não convidar os presidentes de Cuba, Venezuela e Nicarágua para o evento. A razão é de conhecimento público: o envolvimento desses políticos em controvérsias sobre direitos humanos e democracia.
O fator social, outro subtema da sustentabilidade, sempre esteve na agenda do líder norte-americano, que pretende lançar outra proposta amanhã (10.jun). É sobre imigração: "uma nova abordagem inovadora e integrada com responsabilidade compartilhada em todo o hemisfério e que aumentaria as oportunidades de imigração segura e ordenada pela região e reprimiria o tráfico criminoso", disse ainda na abertura do evento em Los Angeles (EUA).
Climão na Cúpula
Biden e Bolsonaro só tem em comum a primeira letra do nome. O antecessor do presidente dos Estados Unidos agradava muito mais o atual presidente do Brasil. Donald Trump é um ídolo não só para Jair, como para os seus filhos. Mesmo com tantas polêmicas, como quando perdeu as eleições no início de 2021 e incitou civis a invadirem o Capitólio. Manifestação que resultou na morte de cinco pessoas.
Trump colocava em dúvida o sistema eleitoral norte-americano. Bolsonaro apoiava as acusações e, inclusive, nesta semana tocou no assunto de novo, o que para analistas políticos poderia gerar desconforto e até desistência da reunião exclusiva Brasil-EUA, agenda um tanto difícil de ser conseguida.