Prévia da inflação registra alta de 0,59% em maio
Índice recuou em relação a abril, mas variação dos últimos 12 meses é a maior desde 2003
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, recuou para 0,59% em maio, depois de registrar alta de 1,73% em abril. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (24.mai).
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No entanto, apesar da desaceleração frente a abril, essa é a maior variação para o mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%. No ano de 2022, os preços subiram 4,93% e, em 12 meses, a variação é de 12,20%, a maior para o período desde novembro de 2003.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. A exceção foi o setor de Habitação, que recuou 3,85%. A queda foi puxada pela redução dos preços de energia elétrica, já que, a partir de 16 de abril, passou a valer a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
Já a maior alta do índice veio de Saúde e Cuidados pessoais, com aumento de 2,19% nos preços que chegam ao consumidor. O setor dos Transportes (1,80%), que desacelerou em relação a abril (3,43%), também impactou no índice, assim como aconteceu com Alimentação e bebidas (1,52% em maio frente aos 2,25% do mês anterior). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,86% de Vestuário.
Dentre os itens e subitens de maior impacto no IPCA-15 do mês, destacam-se: produtos farmacêuticos (5,24%), higiene pessoal (3,03%), passagem aérea (18,40%), gasolina (1,24%) e etanol (7,79%).
Motivos
Segundo o IBGE, o resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais foi influenciado pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos (5,24%), na esteira do reajuste de até 10,89% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Nos Transportes, a maior contribuição para o aumento dos preços veio das passagens aéreas, já que as passagens subiram pelo segundo mês consecutivo. Os combustíveis (2,05%) também seguem em alta, embora a variação tenha sido inferior à registrada no mês anterior (7,54%). A gasolina, em particular, subiu 1,24%, enquanto o etanol subiu 7,79%.
No grupo Alimentação e bebidas, a maior influência veio dos alimentos para consumo no domicílio. Entre os itens com as maiores altas, destacam-se o leite longa vida e a batata-inglesa. Além disso, também foram registradas altas em outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros, como a cebola e o pão francês.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 17 de março a 13 de abril de 2022 (base). A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.